Da série: O brincar na Fisioterapia – A arte

A arte de brincar é encontrada na criança quase como algo inato, verdadeiramente espontâneo, absolutamente criativo. Ela manifesta-se na maioria das vezes através das brincadeiras. O Brincar é uma atividade indispensável, sendo a possibilidade da criança de assimilar e significar o mundo em que vive, pois através das brincadeiras ela descobre, inventa, fantasia, desenvolve iniciativa, habilidades, autoconfiança, atenção, concentração, tomada de decisões, assim como desenvolve a aprendizagem, pensamento, motricidade, a linguagem e a fala; enfim ela se desenvolve. É principalmente através da brincadeira que a criança aprende durante os primeiros anos de vida. Seu bom desenvolvimento neuropsicomotor é garantido quando o acesso ao brincar é possível no seu cotidiano.

A criança explora o mundo inicialmente através do que ouve, vê, toca e prova, com a ajuda da mãe quando necessário (0-3 anos – sensoriomotor). Uma vez ciente de si, determinada pela “separação” fusional da mãe, ela aprende a relacionar-se com os outros em relação a si mesma.

Recicle para brincar

Enquanto a coordenação óculo-manual se desenvolve, ela começa a explorar o meio e os objetos lá contidos. Essas experiências sensório-motoras serão fundamentais na estruturação das áreas psicomotoras (esquema corporal, lateralidade, orientação espacial e temporal,…). Através das mãos e da boca ela começa a explorar texturas, formas, temperaturas diferentes, o gosto, etc. A partir dessa exploração inicial, as habilidades físicas e manuais desenvolvem-se, e o brincar será o meio através do qual a criança irá se impor no mundo, expondo suas emoções através do corpo e do movimento.

A fisioterapia na área de pediatria tem como base a avaliação, o planejamento e a execução do programa, as orientações e as reavaliações periódicas. O início da fisioterapia geralmente ocorre por meio da avaliação, buscando identificar as limitações, as dificuldades, as alterações, as capacidades, os interesses e as necessidades de cada criança. A presença das atividades lúdicas deve ocorrer de maneira intencional e planejada pelo fisioterapeuta, durante os atendimentos. A presença do lúdico na fisioterapia caracteriza-se como um recurso que tem como finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos. Embora para a criança a atividade lúdica possa ser considerada como brincar, busca-se o alcance dos objetivos estabelecidos.


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