FESTA JUNINA: TRADIÇÕES E HISTÓRIA

Quando chega junho, o coração dos apaixonados pelos festejos vibra! São tantas comidas deliciosas, músicas e a decoração envolvente que não tem como o mês passar despercebido.

Mas você conhece a história dessa tradicional festa brasileira?

Segundo relatos históricos, as comemorações juninas começaram no tempo colonial, especificamente no século XVI, introduzidas pelos portugueses durante a colonização.

Em Portugal, a festa junina tinha o nome de Festa Joanina, possivelmente pelo fato de acontecer em junho ou talvez por causa de São João, que é principal santo da comemoração.

Por esse motivo até hoje chamamos de Festa de São João as festas do mês de junho. Quando a tradição se iniciou por aqui, as festas possuíam uma conotação estritamente religiosa.

Festa Junina e sua tradição

A festa junina acontecia em homenagem, não só a São João (homenageado em 24 de junho), como a outros santos, em especial Santo Antônio (13 de junho) e São Pedro (dia 29).

A conotação religiosa foi se perdendo com o tempo. Hoje, a festa junina é vista mais como uma festividade popular do que religiosa em várias partes do Brasil.

O crescimento da festividade aconteceu, sobretudo, no Nordeste do nosso país, região que atualmente possui as maiores festas. A maior festa junina do país acontece na cidade de Campina Grande, localizada no estado da Paraíba.

Infelizmente, os grandes eventos festivos estão paralisados atualmente por conta da pandemia.

A evolução da festa junina no nosso país fez com que ela também se associasse a símbolos típicos das zonas rurais.

Dentre esses símbolos destacam-se as comidas, as danças típicas, os balões e outras decorações, a fogueira, as brincadeiras e as roupas.

Os pratos típicos das festas juninas tem sua origem histórica na Europa, quando os agricultores realizavam festas para comemorar suas colheitas.

Em Portugal, a tradição era celebrar a colheita do trigo, que acontecia no verão europeu, entre os meses de junho e setembro.

No entanto, como o Brasil não era um grande produtor de trigo na época, as festas começaram a ser celebradas com outro grão, o milho.

Até hoje o milho é um alimento muito importante nas comemorações, e por isso, diversas comidas típicas de festa junina levam esse ingrediente.

A culinária junina é vasta e deliciosa! Com o passar do tempo, as festas ampliaram os pratos tradicionais à base de milho, para outros pratos com grãos e raízes que os nossos índios cultivavam como amendoim e mandioca.

Pipoca, canjica, pamonha, curau, bolo de milho, polenta, cuscuz são alguns exemplos. Além deles, paçoca, pé de moleque, cachorro-quente, arroz-doce, pinhão, cuscuz e tapioca têm destaque nas festas. Já as bebidas mais tradicionais são o vinho quente e o quentão, recheados de especiarias.

Além das comidas, nas festas juninas ouve-se e dança-se forró. A quadrilha junina é a dança típica da festa. Ela tem origem nas danças de salão da França, mas aqui os casais dançam caracterizados com vestimenta tipicamente caipira.

casamento caipira é o ponto alto das quadrilhas e é feito em homenagem a Santo Antônio, o santo casamenteiro.

Na decoração da festa, bandeirinhas coloridas, balões e a fogueira fazem parte do cenário. De origem pagã, a fogueira simbolizava a proteção contra os maus espíritos.

Com o caráter religioso, as festas dedicaram uma forma de fogueira diferente para cada santo junino: a quadrada é em homenagem a Santo Antônio; a redonda a São João e a triangular de São Pedro.

Brincadeiras como pau de sebo, pescaria, correio-elegante, boca do palhaço, argola, entre outros, trazem ainda mais diversão á festa. Estão incluídas também as simpatias, que trazem mais divertimento aos festejos.

No dia 13 de junho, por exemplo, as igrejas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”, o qual deve ser comido com “fé” pelas mulheres que querem se casar.

As roupas para as festas são escolhidas a dedo. Tipicamente caipiras, incluem estampas muito coloridas, com desenhos floridos ou xadrez.

Depois dessa leitura, que tal colocar em prática a tradição da culinária junina? Separei algumas receitas saudáveis para que você possa celebrar em casa com toda alegria e segurança.

Aproveite, leve as crianças para a cozinha, compartilhe as informações e histórias dessa grande festa popular com os pequenos e divirta-se!

Doce de abóbora:

Ingredientes:

– 800 g de abóbora moranga

– 2 canelas em pau

– 2 cravos da índia

– 2 xícaras (chá) de coco ralado seco (sem açúcar)

– 700 ml de água mineral ou filtrada

Modo de preparo:

  1. Descasque e tire toda a semente da abóbora.
  2. Em uma panela cozinhe a abóbora com água, o cravo e a canela, mexendo sempre para não grudar no fundo. Quando ela estiver bem cozida, retire a canela e os cravos e junte o coco.
  3. Deixe apurar mais um pouco e desligue o fogo. Bata tudo no liquidificador e deixe com uma consistência cremosa.

Arroz Doce:

Ingredientes:

– 1 copo de arroz branco cru

– 2 copos de água mineral ou filtrada

– 250ml de leite

– 2 colheres (sopa) de açúcar mascavo

– 1/2 colher (café) de extrato baunilha

– 1 pitada de canela

Modo de preparo:

  1. Misture o arroz e a água em uma panela e deixe em fogo baixo, destampado. Misture bem.
  2. Após a água secar, adicione o leite já misturado com o açúcar. Misture sem parar em fogo baixo.
  3. Adicione o extrato de baunilha e mexa já com o fogo desligado. Polvilhe a canela e sirva.

OBS: O ponto do arroz doce é molhado e cremoso, não deixe o arroz secar completamente.

Suco Junino da Noiva

Ingredientes:

– 500mL de leite de coco sem açúcar (caseiro ou natural)

– 2 xícaras (chá) de água mineral ou filtrada

– 1 ½ xícara (chá) de leite gelado

– 1 xícara (chá) de coco fresco ralado

– 3 colheres (sopa) de açúcar demerara

– Cubos de gelo

Modo de preparo:

  1. Coloque os ingredientes no liquidificador, exceto o gelo.
  2. Distribua os cubos de gelo em copos altos e acrescente a bebida.
  3. Sirva na sequência.

OBS: Se quiser polvilhar canela, o sabor ficará ainda mais especial.

Por Fabiana Jarussi

Referência Bibliográfica:

SILVA, Cintia Cristina. Como surgiram as festas juninas? Revista Super Interessante, São Paulo, 18 de abr. de 2011. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-surgiram-as-festas-juninas/. Acesso em: 10 de jun. de 2021.

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