Educar um filho é uma tarefa que de certa forma, nunca estará finalizada. É um desafio intenso que exige acima de tudo bom exemplo, dedicação, comprometimento com o tempo e amor incondicional. Estas são bases fundamentais para a educação de uma criança.
Mas existiriam outras partes também ligadas a esse mesmo afeto que seriam tão desafiadores para educá-los?
Vejo com frequência que a dificuldade dos pais nem sempre está relacionada à afetividade e as mais variadas formas de expressar seu amor aos filhos.
A disciplina e o exercício da autoridade também estão presentes neste mundo afetivo. Através destas expressões de amor pode ser mapeado o caminho que os pequeninos irão percorrer. Estabelecendo limites, vocês estarão respondendo às questões do universo humano que a criança está continuamente aprendendo.
É papel da família no educar está sempre ensinando. O que pode ou não, dizer o porquê das coisas e repetir muitas vezes até que seja aprendido.
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Quando a criança é disciplinada ela está recebendo o suporte necessário que irá levá-la a conhecer mais claramente seus limites de convivência e de suas ações. Desta forma ela aprende a se autocontrolar e lidar com suas emoções de maneira assertiva.
Muitos pais tentam aliviar a culpa, que carregam erroneamente, por pensar que precisam compensar o tempo longe dos filhos. Deduzem que irão perder o amor deles se não cederem aos seus caprichos. Mais tarde esses mesmos pais, se veem frustrados por não obterem resposta positiva a todo esforço dedicado.
Percebem que não são valorizados e, muitas vezes não são ouvidos e respeitados.
Mas tenho algumas dicas que podem ajuda-los.
Um importante passo então é ser sempre objetivo. Construindo regras para os filhos que estejam em acordo entre os pais. O que é fundamental para a compreensão da criança.
No educar, a comunicação precisa ser clara de ambas as partes. Se um é mais permissivo que o outro, por exemplo, certamente a criança encontrará um caminho para a desobediência.
Outro aspecto complementar é estarem atentos às rotinas. Habituar a criança a guardar seus brinquedos, ter horário certo para dormir, não comer um doce antes das refeições, são exemplos de como agir corretamente, cumprindo regras construídas em família e obtendo bons resultados com os filhos.
Pais, apenas não se boicotem!
As crianças conseguem perceber sua vulnerabilidade. E da maneira delas podem acabar alcançando o que querem. Quebrando regras, seduzindo com gestos de carinho ou fazendo birras. Assim, conseguem fazer com que vocês acabem cedendo a eles. E não é fazendo a vontade da criança, a hora que ela quer e da forma como deseja, que vão conquistar autoridade.
Neste sentido, inicia-se um ciclo “vicioso” que exigirá muito mais firmeza de sua parte do que anteriormente, todas às vezes que cederem. Então, se prometerem algo, cumpra. Se disse não, não volte atrás em sua palavra.
Se o brinquedo que a criança viu na loja não pode ser comprado agora, não compre. Ela não vai gostar de ter o desejo frustrado. Mas situações assim são boas oportunidades para ensinar, sobre saber esperar e o uso do dinheiro, por exemplo.
Portanto, crianças precisam ser ensinadas em suas ações e carregar dentro de si a certeza de que são amadas. Deixem sempre claro que é seu comportamento que está sendo desaprovado e não sua personalidade. Desta forma o afeto estará sempre preservado e a comunicação vai se aperfeiçoando a cada dia.
Por Eanes Moreira