Autismo: Papel da Escola Como Espaço Inclusivo

Vamos falar sobre o papel de um dos espaços de desenvolvimento psicossocial mais importante para o indivíduo a ESCOLA. É na fase escolar  que o indivíduo inicia um processo de aprimoramento de habilidades cognitivas já desenvolvidas e desenvolve novas habilidades, uma vez que a escola é um espaço que gera demandas sociais e acadêmicas.

Entretanto se a escola é um desafio para uma criança típica, imagine essa situação para uma criança autista. Por esse motivo é necessário que a criança tenha uma inclusão escolar adequada, através da adaptação e flexibilização do currículo.

Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar. Porém incluir vai além de matricular a criança em uma sala de aula regular, é preciso dar igualdade de condições e aí estamos falando de um dos maiores desafios para a inclusão escolar brasileira, uma vez que a escola muitas vezes não tem estrutura adequada e tampouco equipe pedagógica formada.

As crianças e adolescentes com Trasnstorno do Espectro Autista – TEA apresenta inúmeras dificuldades sejam elas, sensoriais, socioemocionais ou acadêmicas. Assim para que seja possível uma adaptação curricular é preciso entender que o primeiro passo é avaliar a criança, e de que forma ela consegue compreender e aprender, assim adaptamos o conteúdo, através de um PLANO DE EDUCAÇÃO INDIVIDUAL – PEI.

 O PEI consiste em um programa educacional que possibilita aprendizagem, estimulação e desenvolvimento. O plano será desenhado através de uma avaliação individual relacionada aos déficits e potencialidades da criança. Avaliando as habilidades preexistentes e as que precisam serem implementadas, esse programa educacional é de responsabilidade da escola, mas com a contribuição da equipe multidisciplinar e da família.  É importante priorizar conteúdos essenciais para aprendizagens posteriores, bem como enfatizar desenvolturas de atenção, participação e adaptabilidade.

É formidável considera que a criança necessita de  um acompanhamento psicoterapêutico e psicopedagógico como mediador nesse processo de aprendizagem.

Algumas estratégias favorecem as condições de aprendizagem para crianças com TEA:

  • A qualidade na Interação professor aluno;
  • Organização funcional da sala;
  • Ambiente colaborativo;
  • Rotina (principalmente exposta visualmente);
  • Avaliação familiar
  • Temas e assuntos que despertem o interesse; (uso de personagens ou interesses da criança)
  • Respeito ao ritmo da aprendizagem;
  • Reuniões periódicas com a equipe multidisciplinar;
  • Cotidiano rico e significativo;
  • Informação sobre os transtornos e síndromes que acometem a criança.

 

De acordo com Rubem Alves, a educação se divide em duas partes: uma das habilidades e outra das sensibilidades. E que sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.

Portanto, incluir é ser sensível ao outro para desenvolver suas habilidades.

Por: Katyússia Ludwig

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