O vínculo terapêutico é o principal instrumento de trabalho dos profissionais das áreas de saúde e educação. Através da relação estabelecida entre a criança e o terapeuta abre-se a possibilidade de conquistas e realizações por parte da mesma. Além disso, percebe-se maior interesse do paciente ou cliente, neste caso a criança, em realizar as propostas terapêuticas.
A criança olha para o adulto, sejam os pais, responsáveis ou terapeutas, como alguém que ela pode vir a ser. Isso significa que o desafio do adulto está em ser alguém exemplar para a ela, cativando assim a caixinha das possibilidades. As relações afetivas que a criança estabelece durante a infância permitem a ela realizar descobertas, desenvolver-se afetiva e cognitivamente, além de apresentar a ela a importância do afeto e da empatia pelo outro.
Quanto mais os pais demonstram interesse pela criança, mais ela desperta para o aprendizado do novo. As relações de confiança entre a criança e o adulto também são importantes. Adotar uma postura sensível e leve favorece a criança ser criativa, curiosa e permite a ela ser quem ela quiser. Criar uma identidade própria.
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Na terapia, o vínculo entre o terapeuta e seu paciente ocorre a partir da disponibilidade de ambos durante o encontro. Quando o terapeuta ocupacional demonstra interesse e preocupação com a criança mostra que ela pode vir a contar com ele para vencer os desafios encontrados no processo do seu desenvolvimento. Nesse momento estabelece o vínculo entre criança e o terapeuta ocupacional.
O vínculo terapeuta-paciente é essencial para a construção do processo terapêutico. Note como seu filho se comporta antes e depois da terapia, perceba se ele tem interesse em estar com o terapeuta ocupacional. Se notar algo fora do comum, converse com a terapeuta. Questione sobre a terapia. Peça para participar junto de uma sessão. O diálogo entre terapeuta ocupacional e os pais é necessário, a fim de pensar juntos o que é melhor para a criança.
Todo atendimento exige um esforço do profissional em propor atividades que intercalem o desejo da criança com o desejo dos pais e os objetivos do terapeuta ocupacional. Atividades estruturadas são os nossos principais recursos na busca pela independência e autonomia da criança. Geralmente, as atividades executadas na Terapia Ocupacional são replicadas pela criança em casa, com auxilio dos pais.
Desta forma, estabelecer uma relação de parceria com a criança favorece no entrelaçamento entre ela e o seu terapeuta ocupacional. Consequentemente, no cumprimento dos combinados terapêuticos, permitindo a criança realizar as atividades propostas. As demonstrações de afeto do paciente para com a terapeuta ocupacional é a certeza de que houve um encontro entre os dois, demonstrando o vínculo terapêutico como algo constituído.
Por Suellen Merencio.
Foto Capa: Keylla Gomes.