A importância dos pais durante a consulta da odontopediatria
Na consulta odontológica no adulto, o cirurgião-dentista interage e se relaciona unicamente com seu paciente.
Porém, nos atendimentos infantis, existem outros personagens que também entram em cena: mãe, pai, avós, irmãos. Ou seja, dentro do contexto da odontopediatria, o dentista também se relaciona com a família dos seus pacientes.
E essa relação adquire extrema importância, seja durante o atendimento em si, mas também, e não menos necessária, em casa.
Hoje, falaremos sobre a importância da família durante as consultas odontológicas.
Em primeiro lugar, o dentista entende que, quando a família leva uma criança para o consultório, está colocando em nossas mãos aquilo que têm de mais precioso na vida.
E é aí que entra a parte mais importante do trabalho do odontopediatria: a confiança. Confiança essa depositada pelos pais, mas também sentida pela criança.
A criança precisa saber que seus pais confiam no dentista para que ela também possa confiar. Confiança inclui também que algumas recomendações feitas pelo profissional antes, durante e após os atendimentos sejam atendidas.
Essas recomendações não são à toa, pelo contrário. Elas são necessárias para o bom andamento das consultas e também para o sucesso almejado do tratamento.
Então vamos lá:
1) A criança é o foco.
Ou seja, o profissional precisa, e quer, estabelecer uma comunicação com seu paciente. Por isso, papais e mamães evitem conversar com a criança quando o dentista estiver falando com ela. A menos que sejam solicitados.
Ainda dentro desse tópico, o ideal seria que apenas uma criança fosse atendida de cada vez. Caso vocês precisem ou queiram levar mais de uma criança ao atendimento, cada uma deve entrar no consultório de forma individual.
Do contrário, o dentista não conseguirá dar a atenção necessária nem à criança em atendimento nem a outra.
2) O odontopediatra sabe o que está falando
Por exemplo, se o dentista julga ser necessário o uso da anestesia local é porque ele sabe que, sem o seu uso, o desconforto será maior para a criança. As etapas dos tratamentos, muitas vezes, não podem ser adiantadas ou puladas.
Além disso, em alguns momentos, se necessário que o profissional eleve um pouco seu tom de voz ou mesmo peça para os responsáveis saírem da sala.
Tudo tem um motivo. Em caso de dúvidas, teremos o maior prazer em explicar, várias vezes, se for necessário.
3) Nem tudo deve ser falado
Existem palavras que, por si só, levam a ansiedade e medo. Sangue, tesouras, corte, agulha, picadinha são alguns exemplos. Também não se deve falar frases como: “mas você vai cortar, nossa tudo isso de sangue, é só uma picadinha, não vai doer”.
Não devemos mentir para a criança, nem os pais nem o dentista. Ela descobrirá e perderá a confiança.
Além disso, não é recomendável chantagear as crianças com presentes. Mas caso já tenha prometido algo, procure cumprir. Isso vale também para as punições.
4) Odontopediatria não é mágica
O odontopediatra estudou para atender as crianças. E gosta de atendê-las. Mas isso não quer dizer que não haverá momentos de desconforto.
Ou mesmo situações em que o choro se fará presente. Falando em choro, ele não é uma exceção nos atendimentos infantis, principalmente em bebês e crianças com pouca maturidade psicológica.
Mas isso não significa que o dentista é mau ou que está “judiando” da criança. Significa que atendemos um público que ainda está aprendendo a lidar com o medo, a ansiedade, o cansaço e com situações nas quais é preciso ficar quieto.
A participação assertiva dos pais é ainda mais importante para essas crianças e nesses momentos.
Pra encerrar, só ressalto que não se deve adiar a ida ao dentista porque os pequenos vão chorar ou porque choraram em atendimentos anteriores.
Pro Carla Eloisa
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