O aplicativo tiktok é uma apenas uma distração para as crianças e adolescentes?
Ou é um perigo?
O TIKTOK é uma rede social chinesa que permite o usuário compartilhar vídeos com outros usuários.
Como o Instagram e o Facebook, o TikTok concede que o utilizador possa seguir outros usuários, bem como, curtir, comentar e compartilhar vídeos.
Essa rede social é uma febre entre as pessoas, mas principalmente entre os jovens, no qual está atraindo cada vez mais o público infantil.
Segundo o site Canguru News:
Entre os mais de 500 milhões de usuários do aplicativo, cerca de 49% são adolescentes, acima dos 13 anos idade mínima exigida para realizar o cadastro.
Porém, pesquisas mostram que há também um grande número de usuários entre 9 e 12 anos e mesmo abaixo dessa faixa etária.
As crianças entram na rede por meio de contas criadas pelos pais ou por elas próprias, a depender da idade, para cantar, fazer dancinhas, brincadeiras, piadas ou mesmo mostrar os bichos de estimação.
Todavia, a exposição na plataforma é capaz de trazer riscos para a criança, dentre esses riscos podemos apresentar:
O aplicativo seleciona conteúdos em relação aos vídeos com base na preferência do usuário.
E aqui está um dos problemas, visto que, se a criança curti um vídeo que está em um contexto sexualizado, a rede social começa a oferecer esse tipo de conteúdo para a criança.
E nessa situação, a criança está usufruindo de conteúdos impróprios que acaba prejudicando o seu desenvolvimento.
Transtorno de Ansiedade o adolescente deseja se tornar aquilo que não é, seja através de querer um corpo perfeito, como é o caso dos adolescentes que assistem vídeos com homens e mulheres com corpos malhados e desejam ter o mesmo corpo, e quando não conseguem vem a frustração e consequentemente a depressão.
Além disso, outra situação que pode gerar ansiedade e até mesmo desencadear uma depressão, é a corrida de quem tem mais seguidores e engajamento.
O usuário fica tão obcecado por números de seguidores que faz de tudo para obter mais seguidores e quando não consegue acaba adoecendo.
O site Canguru News, apresenta que a pesquisa “Crianças Digitais” mostra que 49% das crianças brasileiras usaram um dispositivo eletrônico pela primeira vez antes dos seis anos de idade e 72% delas ganharam o próprio smartphone ou tablet antes de completar 10 anos.
O estudo também afirma que 56% das crianças brasileiras têm conta em alguma rede social, sendo que 42% delas acessam essas contas sozinhas ou com senhas próprias.
Em outra nuance, um artigo publicado pelo Tiktok no dia 13 de janeiro de 2021, foi apresentado.
“Estamos alterando a configuração de privacidade padrão de todas as contas registradas por usuários com idade entre 13 e 15 anos para privada.
Queremos que nossos criadores de conteúdo mais jovens sejam capazes de fazer escolhas informadas sobre o que é com quem desejam compartilhar, o que inclui decidir se desejam abrir suas contas para visualizações públicas.
Ao envolvê-los desde o começo de sua jornada de privacidade, podemos permitir que tomem decisões mais deliberadas sobre sua privacidade online.
Outras alterações que estamos lançando para promover uma experiência segura para nossos usuários mais jovens incluem:
Diminuímos as opções de comentários em vídeos criados por menores de 16 anos.
Esses usuários agora podem escolher entre Amigos ou Ninguém para sua conta; a configuração de comentários. Todos está sendo removida.
Alteramos as configurações de Dueto e Costurar para disponibilizar esses recursos em conteúdos criados por usuários com 16 anos ou mais.
Para usuários de 16 a 17 anos, a configuração padrão de Dueto e de Costurar agora será pré-definida para Amigos.
Os downloads só serão permitidos para vídeos criados por usuários com 16 anos ou mais.
Outros usuários podem decidir se desejam permitir o download de seus vídeos, embora para usuários de 16 a 17 anos a configuração padrão seja alterada para Desligado, a menos que eles decidam ativá-la.
Mudamos a definição de “Sugira sua conta para outras pessoas” como Desativado por padrão para usuários com idade entre 13 e 15 anos.
Ajustar as configurações de conta padrão do TikTok para dar suporte a uma privacidade mais robusta do usuário é uma etapa significativa em nosso compromisso contínuo de manter nossos usuários mais jovens protegidos.
Permitir que pais e responsáveis definam limites na experiência TikTok de seus filhos adolescentes por meio de nossos recursos de Sincronização Familiar.”
“O TikTok tem uma indicação de 12+ na App Store, o que permite aos pais bloquearem seus adolescentes de fazer o download do aplicativo através de controles em seus dispositivos.
Para ajudar a evitar que as pessoas que não tem a idade exigida crie contas, desenvolvemos um portal de entrada, neutro e padrão no setor, que exige que as pessoas coloquem sua data de nascimento completa para desencorajá-las a simplesmente clicarem em uma opção com idade mínima.
Se uma pessoa não atender a esse requisito de idade mínima, nós suspendemos sua capacidade de tentar criar uma nova conta usando uma data de nascimento diferente.
Tem uma indicação de 12+ na App Store, o que permite aos pais bloquearem seus adolescentes de fazer o download do aplicativo através de controles em seus dispositivos.
Para ajudar a evitar que as pessoas que não tem a idade exigida crie contas, desenvolvemos um portal de entrada, neutro e padrão no setor, que exige que as pessoas coloquem sua data de nascimento completa para desencorajá-las a simplesmente clicarem em uma opção com idade mínima.
Se uma pessoa não atender a esse requisito de idade mínima, nós suspendemos sua capacidade de tentar criar uma nova conta usando uma data de nascimento diferente”.
“O nosso compromisso em garantir que os requisitos de idade mínima sejam cumpridos e não se encerrem no portal de idade, nós também temos ações adicionais para identificar e remover contas suspeitas de serem de menores de 13 anos.
Contudo, apesar de tudo que o TikTok apresentou acima, e como foi demostrado alhures, a idade para se inscrever na rede social é de 13 anos de idade.
Entretanto, algumas crianças conseguem ter acesso a plataforma sendo que, para ter acesso a rede social a criança acaba omitindo a idade.
E o TikTok, não consegue averiguar de fato se a criança ou o adolescente está omitindo informações a respeito da idade.
Segundo a Revista Veja:
Os riscos contidos no conteúdo do TikTok vêm sendo expostos com frequência cada vez maior.
Há dois anos, nos Estados Unidos, o aplicativo foi multado em 5,7 milhões de dólares pela agência americana de proteção ao consumidor por coletar ilegalmente dados de crianças e permitir que pedófilos entrassem em contato.
Em janeiro de 2021, foi acusado de usar seus algoritmos para impulsionar conteúdos sensuais (aliás, replica pratica de outras redes sociais) de novo sem bloqueio para menores de idade.
Diante da repercussão negativa e da pressão de ONGs e governos, a plataforma alterou as configurações de privacidade e trancou os perfis de quem tem entre 13 e 15 anos — agora, para acompanhar essas postagens é preciso enviar uma solicitação de amizade.
Um levantamento do próprio TikTok mostrou que o Brasil foi o terceiro país com mais vídeos removidos em 2020 por violar a “segurança de menores” e promover “.
Podemos verificar, que não é uma tarefa fácil cuidar dos filhos em relação ao mundo digital.
Por isso, é de suma importância que os pais fiquem atentos em relação ao conteúdo que estás sendo acessado nas plataformas digitais, porque muitas vezes, conteúdos impróprios podem afetar a criança e o adolescente em diversas formas.
O avanço no uso de redes sociais não só o TikTok tem levado a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) a emitir alertas contra abusos e dependência.
Na pandemia, a preocupação aumentou por causa do isolamento social.
Os pais precisam zelar pelo bem estar dos filhos. É necessário verificar o que o filho está consumindo nas redes socias.
Para auxiliar os pais ou responsáveis separei algumas dicas sobre o cuidado com os filhos no mundo virtual, sendo:
-É indispensável, estabelecer horários para que os adolescentes possam utilizar as redes.
A SBP estabelece novas indicações práticas para o uso de telas, como o limite máximo de 2 horas por dia de exposição para crianças entre 6 e 10 anos.
Orienta também que adolescentes com idades entre 11 e 18 anos fiquem, no máximo, 3 horas diante de telas.
-Converse com o seu filho e explique os ricos das redes sociais, conheça as plataformas que acessam, e mais uma vez, o diálogo é sempre o melhor caminho.
-Crie atividades alternativas, como atividades esportivas, exercícios ao ar livre para evitar o uso exagerado das telas.
-Utilize de recursos do controle parental, para controlar o acesso que as crianças podem ter.
Ademais, não é recomendado que o público infantil entre 4 a 12 anos de idade, fique em redes socias sem a supervisão de pais ou responsáveis.
Na verdade, bom seria se os adolescentes conseguissem fazer uso das redes sociais apenas quando completassem 14 anos de idade.
Podemos verificar a imprescindível necessidade no que diz respeito ao exercício da parentalidade, é primordial que os pais atentam aos riscos da exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais.
Para concluir, o intuito do texto é levar informação e mostrar para os pais a responsabilidade que eles têm sobre os seus filhos, principalmente no mundo virtual.
E que possa ficar uma alerta para os pais, sempre conversarem com os filhos para entender o que está passando na vida da criança e do adolescente.
Por Priscila Lima