QUEBRANDO AS PAREDES DO INGLÊS

Existem paredes dentro das pessoas que as impedem de alcançar seus objetivos, completar suas tarefas diárias ou mesmo realizar seus sonhos. Com o inglês não é diferente, mas existe como quebrar esta parede.

Durante a jornada na escola regular a língua inglesa é tratada como uma matéria. Os alunos precisam estudar, fazer tarefas, provas e terem boas notas.

Muitas vezes é ouvido: “na escola só estudamos o ‘verb to be’“.

São vários termos difíceis, que muitas vezes não importa para o aluno. Uma vez que, ele não está falando, não há uma comunicação com o idioma logo, o real aproveitamento da língua inglesa se torna irrelevante.

Os adolescentes já estão cansados de terem que estudar “sempre a mesma coisa”. E não falam nada. Muitas vezes nem prestam atenção. Mesmo sabendo da importância da fluência no idioma, há o pensando de que é muito difícil e eles não estão falando mesmo.

Por que insistir em algo que parece não afetar sua vida?

Mesmo as crianças, no começo não compreendendo perfeitamente, não vendo um efeito real em seu cotidiano, não é nada além de mais uma aula. Apenas rotina.

Afinal, o aprendizado infantil requer uma rotina bem elaborada e firme.

Os adultos já passaram por todas as etapas escolares e no decorrer da vida, adquirir a fluência em outro idioma se tornou algo difícil. Mesmo que seja o sonho de muitos aprender, mesmo que achem lindo.

No fundo de suas mentes está plantada a ideia de que é difícil.

Desta maneira são construídas as paredes, dentro das mentes dos alunos, que separam os alunos de aprenderem inglês.

Para cada pessoa é diferente. De uma forma geral, no entanto, muros são construídos como uma forma de proteção. Se proteger de decepções, julgamentos, do medo de falhar e do fracasso.

Hoje é visível nas pessoas a importância do inglês e a busca pela fluência.

Língua inglesa e suas descobertas

Mas as paredes construídas desde cedo prejudicam e atrasam o aprendizado, uma vez que, o aluno já chega na sala de aula assustado e com seus próprios receios.

Com a certeza de que sabe pouco, inseguro porque nunca aprendeu a se comunicar efetivamente em inglês, com vergonha da pronúncia e incerto de como se expressar. 

Para os adultos que já tiveram suas experiências escolares, há o pensamento constante de que vai ser uma perda de tempo.

Para os adolescentes, vai ser só mais uma coisa para estudar e tirar notas.

Para as crianças é uma nova aventura, que pode ser boa, ou pode ser só mais uma aula de escrever e aprender que azul é “blue”. Não que estas atividades não sejam necessárias, mas a comunicação em si é o que importa.

O que todos os alunos querem é a compreensão, ouvirem e entenderem, sendo capazes de responder e manter uma conversa.

Esses pensamentos engrossam as paredes e distanciam as pessoas do seu real objetivo.

Quebrar as paredes são difíceis e exigem esforços. Principalmente dos alunos. Mas não estão sozinhos nesta jornada. O professor está ali para apoiar e ensinar. Aprender com seus alunos também.

Se o aluno está em um curso de idiomas, independente da idade, ele precisa tirar o maior proveito daquele momento.

Por mais difícil que seja se livrar do medo e da vergonha, é importante se lembrar que todos na sala estão ali para aprender.

A sala de aula deve ser um lugar livre de julgamentos e livre para experimentos.

 É o momento de cada um se expressar em outro idioma. E finalmente não estudar só o “Verb to be”.

Porque o inglês é muito mais que isto.

São tantas palavras, expressões, perguntas e a criatividade é solta. Não há limites.

Mesmo que não faça muito sentido. O segredo é se jogar sem medo.

Pegar uma marreta e quebrar esta parede que impede e atrasa o aprendizado. Um mundo sem paredes é um mundo com liberdade e oportunidades. 

Certo dia, durante uma de minhas aulas, estávamos falando sobre plantar. Quando surgiu a pergunta:

 “What do you plant ?” – O que você planta ?

Um dos meus alunos respondeu:

“I  plant cotton candy” – Eu planto algodão doce.

Os outros alunos riram, afinal haviam várias opções de frutas e vegetais e estávamos falando sobre fazendas e feiras.

No mesmo instante eu desenhei no quadro uma árvore rosa e roxa e escrevi: “We plant cotton candy” – Nós plantamos algodão doce.

E naquele dia nós realmente plantamos algodão doce. Algo que fugiria da realidade, mas que se tornou divertido e único.

E todos os outros alunos começaram a se expressar como queriam. Cada um naquele momento plantava uma coisa diferente.

No final da aula eles aprenderam que nós plantamos várias coisas – dentro do contexto da fazenda.

Mas também tiramos o maior proveito da aula criando nossas próprias plantações, com o que cada um queria. Quebramos paredes de vergonha e insegurança, aceitando o risco. 

Aprendendo palavras novas e se divertindo com elas.

Quebrando barreiras.

A insegurança e o medo de falar errado são reais. Mas se o aluno não arriscar e não falar, ele nunca vai saber se estava certo ou não.

Se estiver certo, ótimo! Avance para o próximo.

Se estiver errado, é corrigido, o aluno aprendeu! Avance para o próximo com a mesma coragem.

As paredes que impedem os alunos de falarem. De conversarem. De serem ouvidos. De perguntarem e de aprenderem só podem ser destruídas enfrentando estas mesmas paredes.

Deixando as muralhas menores, para que os alunos sejam maiores. Verem o mundo que queriam. Falar o que querem falar. Mas para tudo isto é preciso correr o risco.

O primeiro passo e pular. Pular de cabeça no inglês, falar e escrever, dar a sua opinião. Se o aluno cair, então toda a turma irá cair e assim o professor também. Cairão juntos e vão ficar ali o tempo necessário.

Até estarem prontos para se levantarem novamente e caminharem até chegar no topo. Não importando quantas vezes irá haver quedas, sempre irá se levantar.

A confiança em si é algo difícil de se ter, em qualquer momento. Mas com o inglês é preciso confiar em si mesmo e seguir seu instinto.

Muitas vezes aquela palavra que o aluno tem certeza de que está falando errada, ele está falando perfeitamente.

Esta parede não é mais alta ou mais forte que sonhos e objetivos. E não pode ser. Os professores não podem deixar que sejam. Tudo para destruir as muralhas estão dentro de cada um.

Só é preciso tomar um posicionamento.

O medo é real. Mas tem que ser enfrentado.

Depois que um aluno se torna fluente quer falar com todo mundo, cada segundo. Quer assistir filmes e séries sem legendas. Consegue entender as músicas. Ter acesso a diversos conteúdos.

E quando este aluno estiver de cara com algum nativo da língua inglesa e tiver que fazer uma pergunta ou ter que conversar?

Ele vai sentir um frio na barriga e vai pensar que não consegue. Porque agora é diferente. Mas quando ele terminar sua frase vai sentir um alívio no corpo todo.

E a felicidade de ter conquistado algo, algo incrível como uma outra língua. É eletrizante. Uma força que percorre todo o corpo e a euforia é inexplicável.

Porque agora o mundo não é mais cercado por muralhas. Não há paredes separando objetivos e sonhos. Há apenas a força de vontade e os resultados dela.

Quebrar a parede que separam o inglês é ter coragem para falar.

E para isto é preciso derrubar as paredes, com a coragem e enfrentando os medos e pensamentos. Um martelo para destruir as muralhas que deixam o mundo menor e apertado.

E ir explorar o que há além. Descobrir o mundo sem as paredes. 

Por Sarah Nascimento

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2 comentários em “QUEBRANDO AS PAREDES DO INGLÊS”

  1. Isso é muito real!! E que relato de sala de aula incrível! Parabéns à professora e escritora! Devemos nos conscientizar das barreiras que criamos de acordo com experiências do passado e dos medos de agora e criar a intenção de quebrar estas barreiras através de uma forma diferente de abordar o aprendizado, onde podemos nos expressar e errar livremente e não ter vergonha e medo de cair e nos reerguermos! Amei o que eu li! Obrigado!

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