O PAI E SUA INFLUÊNCIA NA INFÂNCIA

O pai e sua influência em todos os aspectos do desenvolvimento infantil

No mês dos pais vamos falar sobre essas relações do pai e filhos, o seu papel como figura tão importante no desenvolvimento infantil.

Desde a gestação até o final das nossas vidas somos constituídos pelas nossas emoções primarias, ela e a origem das nossas relações humanas e sociais.

A presença do pai é tão importante quanto a  presença de uma mãe, ambos são fundamentais no desenvolvimento infantil, para que a criança se sinta acolhida, amada, confiante e tenha um bom desenvolvimento socioemocional.

Sempre que pensamos em uma figura paterna, a palavra pai está relacionada a nossa memória e infância, pensamos em alguém com autoridade, superior, uma figura de respeito.

As crianças que tem essa figura paterna presente apresentam um nível mais elevado da sua autoestima.

Quanto maior a participação da figura paterna na vida da criança, maior e melhor será o seu desenvolvimento emocional.

No entanto, é importante que a interação familiar seja cada vez mais precoce desde os primeiros dias de vida.  

A maneira como o pai se relaciona com a sua filha tem um grande efeito sobre suas escolhas em todo o seu desenvolvimento e também no futuro.

Os exemplos que o pai  passa para ela, seja eles negativos ou positivos, mudará a forma como ela vai se relacionar e enxergar ao seu redor.

Os pais tem grande influência  na auto estima de suas filhas em toda a sua vida, deste a forma como ela se relacionará  com outras figuras masculina, e também nos seus relacionamentos afetivos.

Você já ouviram aquele clichê?

“Os pais são o primeiro referencial de amor que os filhos tem e procuramos parceiros  muitas vezes baseado nessas relações.

Os pais e o vínculo com o bebê

E sobre os filhos, é por meio dessa interação com o pai e desenvolvimento que o menino começa a lidar com as suas agressividades, conforme o seu crescimento e desenvolvimento enxerga uma figura para a tomada das suas decisões futuras, escolhas profissionais.

Os pais também tem um papel fundamental na transição para a adolescência dos filhos homens.

É importante mencionar que denominei aqui como “figura paterna”, pois nos dias atuais e com as transformações sociais, a família e constituída de várias formas.

Veja mais sobre a formação familiar no texto da advogada Talita Verônica. [1]

Com toda essa mudança acelerada da denominações familiares, é de se afirma que a condição de pai evoluiu muito, hoje podemos a denominar como uma função paterna ou figura paterna, alguém que exerce esse papel na vida de uma criança.

Ressaltando aqui que a figura paterna pode ser representada por uma outra pessoa que não seja o pai biológico, por exemplo, o padrasto, o avô, o tio, ou um adulto que participe ativamente da vida da criança e tenha um vinculo satisfatório nessa relação

A representação da figura paterna é essencial para o desenvolvimento emocional, cognitivo e moral e psicológica da criança, muitos estudos trazem a importância dessa construção de laços e as dificuldades que a criança pode ter na ausência dessa figura.

A ausência dessa figura pode gerar conflitos no desenvolvimento social, psicológico e cognitivo dessa criança, questões relacionadas aos limites e regras, o baixo desempenho escolar e atividades cotidianas.

A presença dessa figura tem um impacto poderoso no psiquismo infantil, cognitivamente, social e emocional.

As crianças na primeira infância precisam de modelos, segurança, apoio e de valores que naturalmente são transmitidos tanto pela figura materna, quanto pela paterna ao qual eles podem se identificar.

Um estudo  americano, realizado por Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos EUA, publicado em “o segredo da ciência”, mostra a constatação de que:

As partes do cérebro são ativadas na criança no momento  que se sente rejeitas são as mesmas de quando ela sofre algo físico, como se machucar uma queda, ou seja, neste estudo comprova que a criança sente a dor física desse abandono.

É necessário ressaltar, alguns dos comportamentos consequentes ao abandono paterno gera na criança um sentimento de inadequação, instabilidade emocional e um comportamento hostil.

Temos estudos que falam sobre as diversas questões emocionais associadas ao abandono paterno ou ausência dessa figura como:

A ansiedade social, insegurança, baixa autoestima, agressividades, entre outros.

Esses comportamentos, muitas vezes estão associados ao sentimento de que a criança não consegue externalizar na falta de relacionar com o seu pai.

Como podemos evitar esse distanciamento na relação pai e filho em casos de pais separados?

Um dos motivos que mais geram o distanciamento são os casos de separação conjugal. Não estar presente fisicamente todos os dias, não significa não estar presente na vida da criança, nem que ela se sinta abandonada.

Como forma de auxiliar na relação, temos diversas formas para realizar este contato, por exemplo, auxílio da tecnologia  de estar presente, o telefone, WhatsApp, chamada de vídeo e mensagens.

Eles garantem o tempo dos pais e filhos passem juntos por mínimo que seja e dedicação, a qualidade do tempo com a criança é muito mais importante do a quantidade de tempo.

É importante estar atendo aos comportamentos e necessidades das crianças.

Segue algumas dicas para auxiliar na qualidade do tempo:

Leia o livro “As 5 linguagens do amor das crianças”. Nele é possível retirar reflexões sobre as relações afetivas com os nossos filhos.

Alguns exemplos de como estar presente na vida da criança reforçando a importância da presença paterna.

  • Quando estiver com a criança mostre interesse pela sua rotina e suas atividades cotidianas, ajude com alguma tarefa, mostre interesse por seus amigos, brinquedos.
  • Procure sempre conversar com a criança, manter um contato visual mesmo que ele seja bem pequeno, as crianças já percebem essa afetividade.
  • Tirar um tempo para brincar e desenvolver atividades com as crianças, andar de bicicleta, sair ao ar livre, jogar futebol entre outras.
  •  Algumas crianças entendem como forma de afeto presentes, coisa materiais e tudo bem, mas isso não excluí aquela presença paterna que falamos acima.
  • Seja carinhoso e afetivo com a criança, mesmo morando em outra casa existem todas essas formas de se fazer presente como uma figura paterna.

Não podemos esquecer das regras, impor os limites, o pai também tem esse papel fundamental na educação dos seus filhos.

Quando não temos a figura paterna como ressignificar e auxiliar as crianças?

Todo abandono gera um trauma, uma dificuldade e buscar entender o que a criança quer dizer ou expressar é fundamental para a reformulação desse significado de figura paterna, é importante validar os sentimentos da criança e não mentir com relação a essa figura.  

Um pai presente e afetuoso tem grande influência nas transformações da vida da criança, crescendo mais seguro feliz e com a capacidade de estabelecer ligações e laços afetivos com mais facilidade na vida adulta.

Por Camila Alves

Foto capa: Fotografa Keylla Gomes

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