O sono é um processo fisiológico, ativo e dinâmico representando uma atividade diária crucial para o crescimento e desenvolvimento da criança, podendo ser caracterizada pela suspensão da consciência, pelo relaxamento dos sentidos e dos músculos, pela diminuição do ritmo circulatório, respiratório e pela atividade onírica.
A rotina de sono é influenciada por diversos fatores, entre eles, biológicos, psicológicos, estágio de desenvolvimento, ambientais, familiares e socioculturais.
Estudos mostram que existem cada vez mais evidências de que bebês e crianças que não dormem o bastante, ou que tem o sono interrompido frequentemente, podem sofrer de perturbação na regulação emocional e comportamental, causando irritabilidade, agressividade, transtorno de atenção e hiperatividade, medo, apresentar baixa autoestima, pouco controle de impulso, pode ter dificuldade de lembrar-se de coisas, quebra do rendimento cognitivo e escolar, aumento do risco de acidentes, alterações do crescimento, obesidade, depressão, entre outros.
O sono do bebê começa a se adaptar mediante os horários dos pais a partir dos 03 meses de idade. Esse é o período que o bebê começar a confiar no seu corpo e descobrir que o sono não é sinônimo de perda e sim de ganho.
Um bebê só consegue dormir bem quando aceita a própria individualidade. Se os pais não o deixam dormir, ele não terá segurança necessária para ter o sono tranquilo.
Mediante as informações pode-se surgir a seguinte questão, a qualidade do sono da criança é o reflexo da qualidade do sono dos pais? E a resposta é sim, pois os maus costumes e problemas do sono da criança estão relacionados diretamente ao nível da qualidade de vida dos pais. A criança deve dormir na mesma divisão dos pais, mas, no seu próprio berço, podendo ser colocada na cama dos pais para alimentação, mas não para dormir.
Por fim, é importante ressaltar que, os pais, nos primeiros meses de vida tem a função de acolher o bebê constantemente nos momentos adequados, deixando ilusão de que a satisfação das suas necessidades ocorre por sua única e exclusiva vontade e aos poucos a mãe deve ir desiludindo o bebê, mostrando a ele, a realidade externa. Essa desilusão, na medida certa é que capacita o bebê a criar símbolos que farão a transição do mundo interno para o mundo externo.
Finalizo com a seguinte dica: O sono revela para a criança a vida familiar.
Artigo por: Eanes Moreira.
Imagem de Capa: Keylla Gomes.