PROTAGONISMO DO ALUNO

O protagonismo do aluno e o construtivismo na prática da educação.

Metodologia construtivista é a referência do sistema educacional atual, muito se fala e se aplica baseado nos pilares do construtivismo, porém na prática ela não ocorre.

Escolas cada vez mais fechadas acabam se tornando fábricas de mão de obra se distanciando por completo da essência do construtivismo.

Protagonismo infantil mostra que as crianças são agentes importantes na sociedade e capazes de transformar o mundo à sua volta.

As formas de criar os filhos e a educação escolar se transformaram muito nas últimas gerações, acompanhando grandes mudanças no mundo e na maneira como nos relacionamos.

O que vemos é a participação cada vez mais ativa das crianças nas famílias e em seus processos de aprendizagem: elas não são mais consideradas apenas espectadoras, mas sim indivíduos com capacidade de participar de decisões, expressando opiniões e necessidades próprias.

É aí que podemos falar sobre protagonismo infantil, uma das principais sugestões do construtivismo.

No construtivismo, o professor não é apenas um transmissor unilateral de conhecimento. Ele tem o papel de ser um facilitador, um mediador e um orientador durante a aprendizagem, que é construída pelo aluno, ou seja, esse profissional precisa, dentro da especificidade de cada aluno, estimular para que ele seja o protagonista do seu conhecimento, aprendendo a aprender.

A teoria é bem clara, porém dificilmente ela é aplicada nas escolas. O professor principalmente nas séries iniciais acaba ocupando um papel de transmissor do conhecimento, não permitindo que os alunos aprendam e ressignifiquem o conhecimento através de suas experiencias.

O professor como centro do conhecimento na sala de aula tem caído por terra e dá espaço para uma outra forma de pensar na educação.

A aprendizagem da criança com surdez

O aluno começa a ser protagonismo de seu processo de aprendizagem, em uma relação de troca com o professor, de uma forma que ambos aprendem e se desenvolvem.

Para que esse processo realmente ocorra é preciso que façamos uma desconstrução de toda cultura que temos ainda enraizado sobre o modelo antigo de cultura escolar. Essa desconstrução começa a partir do que fazemos de nossa prática cotidiana.

Empregar o construtivismo na educação não é se despir de conceitos ou de conhecimento, muito pelo contrário: é trazer como foco principal do ensino uma aprendizagem interativa, que o tempo todo relaciona indivíduo, conhecimento e o meio.

Consequentemente, os estudantes se sentem mais estimulados a aprender porque conseguem perceber que os conteúdos tem realmente um significado e serão utilizados posteriormente na vivência do dia a dia.

É quando voltamos então nossos olhos para o protagonismo infantil e as culturas de infância.

A criança passa a ser protagonista quando ela deixa de ser apenas uma espectadora e de receber regras já prontas. Ela começa a participar da formação, tomando as rédeas do seu dia a dia.

O protagonismo infantil, dentro da sala de aula com o professor como mediador, dá oportunidade de as crianças se envolverem em uma alegria criativa e libertadora através de uma aprendizagem real, que faz parte realmente de sua vida e não como um conceito a ser decorada para ser acrescentado em seu currículo.

Vale ressaltar que o termo protagonismo infantil não significa fazer tudo o que se quer e tem curiosidade. Por isso, a necessidade da mediação do professor é tão essencial para acolher os interesses das crianças. É importante dar a esses pequenos a chance de se relacionarem e compreenderem seu espaço dentro de um contexto coletivo.

Com o devido planejamento, é possível que alunos de diferentes idades assumam papel de protagonistas em suas rotinas. São inúmeros os benefícios do Protagonismo da criança dentre eles podemos destacar:

Formação de seres humanos mais ativos na sociedade;

Maior senso de responsabilidade;

Formação de crianças mais ativas e empáticas;

Desenvolvimento da autoestima e habilidades sociais;

Maior sentimento de pertencimento aos espaços

Uma outra competência que podemos destacar a respeito do Protagonismo Infantil é o fato de que ele se desenvolve apenas a partir do desenvolvimento do protagonismo dos outros, sendo efetivo quando alcançado a partir de grupos ativos onde se expressam ideias e se tomam decisões, incluindo as opiniões de crianças, adolescentes e adultos.

E não basta apenas inseri-las em ambientes de adultos.

Devemos evidenciar que a criança continua sendo criança, com direitos garantidos, tempo, liberdade para brincar, aprender e se desenvolver, porém, com mais autonomia e participação em processos decisórios, ganhando assim mais responsabilidade.

As formas de criar os filhos e a educação escolar se transformaram muito nas últimas gerações, acompanhando grandes mudanças no mundo e na maneira como nos relacionamos.

O que vemos é a participação cada vez mais ativa das crianças nas famílias e em seus processos de aprendizagem: elas não são mais consideradas apenas espectadoras, mas sim indivíduos com capacidade de participar de decisões, expressando opiniões e necessidades próprias.

Resumindo, a ideia de protagonismo infantil significa tornar as crianças agentes de seu próprio desenvolvimento, com poder para influenciar os seus arredores.

Isso significa entender que a criança não é valiosa apenas porque será o adulto de amanhã, mas sim porque ela já tem muito a contribuir e construir independentemente de sua idade.

Para ser protagonista na comunidade, na família, na escola, na igreja ou outros espaços que frequenta, a criança precisa ser valorizada e incentivada a expressar pensamentos, sentimentos e necessidades o tempo todo.

Ela deixa de ser apenas quem recebe as regras prontas, e começa a participar de forma ativa em diferentes contextos de seu dia a dia.

Vamos praticar o protagonismo com nossas crianças?

Por Fernanda Colil

Capa: FreePik

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