OS PAIS E O VÍNCULO COM O BEBÊ

O que vínculo dos pais representa para o bebê?

O vínculo começa a partir do momento em que inicia a gestação, é um processo continuo no desenvolvimento do bebê e sua evolução física dentro da barriga, ele vai crescendo e tomando seu espaço.

Você sabe quando falamos, e o bebê dá aquele chute? A impressão é que ele está escutando. Certo?

E ele está, há diversos estudos neuro científicos que relatam a conexão entre pais e bebê a partir do som da voz.

Inicialmente os bebês se relacionam com o mundo e com os pais por manifestações como toque, o som da voz de quem cuida e dá atenção a suas necessidades afetivas, onde nesse processo já inicia a constituição do eu e do outro e sua aprendizagem e desenvolvimento emocional.

O tempo e dedicação ao qual temos com os bebês e crianças durante a primeira infância, é o que vai impulsionar o seu desenvolvimento, afetivo, neurológico e emocional.

A importância dos primeiros 1000 dias

Temos diversos fatores que envolvem esse desenvolvimento e crescimento, a maturação, questões neurológicas, orgânicas, biológicas e emocionais.   

Qual a importância dessa relação parental e quais os aspectos podem mudar no desenvolvimento emocional e crescimento da criança com esses estímulos. A partir de qual idade essa relação é importante?

É importante em todos os aspectos e idades, mas na infância é o impulsionar do desenvolvimento.

Quero ressaltar nesse artigo uma atribuição especial as mamães, na relação primaria afetiva após o nascimento, o relacionamento mãe-bebê  e o maternar que é uma fonte de influência permanente e positiva para os bebês criando um ambiente suficientemente bom para esse desenvolvimento.

Estudos de neurociência apontam que 80% do desenvolvimento do cérebro ocorre durante os primeiros 3 anos de vida, e é nesse período que precisamos estar perto para abraçar e  dar carinho, e é nessa relação familiar entre pai e mãe que ele vai absorver as coisas boas e estímulos importantes para o seu desenvolvimento.

A figura paterna também tem grande influência nesse desenvolvimento inicial, e essa importância vai além do que podemos imaginar, na interação de um pai com o seu bebê.

Mesmo que aparentemente a relação mãe e bebê pareça mais forte, em estudos científicos sobre a relação familiar e  desenvolvimento infantil na mini série “Bebês em foco” mostra que o pai ao ter contato e interação com o seu bebê  tem o mesmo nível de liberação de ocitocina que a mãe tem quando está com  o bebê.

Os bebês nessas conexões parentais também têm essas produções, a ocitocina é considerada o hormônio do amor quem quiser saber mais sobre a ocitocina, leia a meu artigo sobre afeto no desenvolvimento infantil.

Para os pequenos a participação ativa dos pais é essencial para o desenvolvimento cognitivo e emocional, educacional, motor, físico.

A presença ativa dos pais ajuda a criança a se sentir segura nessa primeira infância, é comum que o pai seja mais desafiador que as mães, balança, joga para o alto.

As mães estão mais voltadas para as questões de empatia, relações emocionais, educação emocional, e dos dois junto formam um belo time.

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E na ausência desse vínculo parental o que pode acontecer.

A ausência  do vínculo desses pais ou figura que possa exercer esse papel, pode gerar insegurança, questões emocionais futuras, baixa autoestima, dificuldades de relacionamento e comportamentais na adolescência.

A figura paterna em um certo período tem uma maior autoridade, e a partir dessa interação começa a descobrir suas possibilidades, relação com o mundo, e sua segurança para explorar e aprender, gerando confiança e independência na fase de adolescência.

Além da rotina do dia a dia como podemos estar presente e estabelecer esse vínculo com os bebês.

As tarefas do dia a dia é uma das formas de estar em interação com o seu pequeno, mesmo no carrinho de bebê, chiqueirinho, andando, mostre que está presente.

Vamos falar sobre algumas atividades que auxiliam na construção desse vínculo:

  • Inserir os pequenos nas tarefas do dia a dia, como colocar o carrinho perto de você ir conversando com o bebê entre as atividades, faz com que se sinta mais seguros.
  • Para crianças acima de 2 anos busque atividades e brincadeiras como jogos de memória a criação de jogos, esconde, brincadeiras simples que tornam a relação pais e filhos mais próximos e é de grande importância na construção do vínculo.
  • Coloque para dormir, coloque para participar das tarefas da casa como guardar brinquedos.
  • Aprender junto, ensinar alguma atividade, proporciona estímulos de qualidade.

Desenvolver essa convivência e habilidades não é fácil, precisamos doar um pouco do nosso tempo como mamães e papais, mas vale a pena, pelos benefícios no desenvolvimento.

É importante ressaltar que essa presença parental não está relacionada com brinquedos, roupas, a presença parental não pode ser compensada por bens materiais, e sim afetividade.

Com uma base emocional solidificada, oferecida para essa criança por uma presença afetiva dos pais, a criança poderá fazer o uso do que foi aprendido e adquirido a partir dos pais.

Desenvolvimento das habilidades motora, segurança emocional, cognitivas, sociais, afetivas.

E paralelo as essas atribuições o bebê vai aprendendo aos poucos e se tornando um sujeito com os seus jeitos, gostos e suas particularidades. Com a sua relação e vínculos estabelecidos, aos poucos essa criança terá a capacidade e desenvolverá habilidades para se cuidar e se fortalecer na vida adulta.

Impactando em diversos setores da sua vida, tanto profissional como emocional, cognitivo e terá condições que criar as suas sementes.

Experimente e compartilha o vínculo com seu filho!

Por Camila Alves

Capa: FreePik

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