Dicas de filmes e curtas-metragens para educar as crianças sobre o respeito as diferenças
As primeiras interações de uma criança começam na infância.
Assim, é de extrema importância que os pais ou responsáveis interceptem as mensagens que chegam até elas através dos filmes;
Nesse contexto, é uma função da família ensinar as crianças sobre a relevância de respeitar as diferenças, uma vez que, são elas que tornam cada pessoa única.
O respeito é um dos valores fundamentais para a vida em sociedade, o respeito as diferenças é algo basilar para que as pessoas se sintam acolhidas e amadas.
Nessa nuance, enquanto pais, e pessoas responsáveis pela criança, precisamos incentivar esses indivíduos a conviverem com respeito as diferenças do próximo, seja no círculo familiar ou escolar.
Além disso, é essencial ensiná-los a amar o outro independentemente de suas diferenças.
Só é possível evoluir e crescer com as diferentes opiniões e pontos de vista que as pessoas possuem sobre os mais diversos assuntos.
Eduque a criança para que veja beleza nas diferenças e a usar isso para o seu próprio desenvolvimento pessoal.
Por exemplo, quando há um aluno com alguma necessidade especial na escola.
Ao invés da criança se sentir confusa, intimidada ou mesmo avessa a uma aproximação, ela pode iniciar um primeiro contato e aprender com o coleguinha.
Deixar claro para as crianças o quanto o convívio com o diferente pode ser rico, divertido e agregador é o primeiro passo para que ela entenda o valor do respeito.
Nesse contexto, resolvi trazer algumas opções de curtas-metragens, filmes e animações para ensinar as crianças sobre a importância do respeito com o outro. Confira:
1-FILME: EXTRAORDINÁRIO
A história se foca na sua trajetória de evolução, mostrando aquilo que o garoto ensinou aos outros e também aquilo que foi aprendendo com eles.
Por ter uma fisionomia diferente, Auggie Pullman sempre foi encarado com desconfiança e até com desprezo pelos outros garotos.
Eles costumavam fazer comentários bastante maldosos e piadas sobre a sua aparência.
A família, principalmente a sua mãe, tentava trabalhar a autoestima do menino e prepará-lo para lidar com o bullying na nova escola. Inicialmente, August procura se esconder, usando um capacete de astronauta.
A mãe quer encorajá-lo e repete que quando os outros agem de forma mesquinha, ele pode ser a pessoa superior e reagir com dignidade.
Isabel Pullman, a mãe de Auggie, é fundamental na sua educação e também no modo como ele vê o mundo.
Ela é desenhadora e cria universos em torno do seu filho. Desde cedo, ela o ensina a usar a sua imaginação.
O menino é fascinado pelo espaço e pelos filmes de Stars Wars. Para alimentar os seus sonhos, a mãe resolvei desenhar estrelas nas paredes do quarto.
Quando está sendo olhado pelos colegas de forma estranha, e sendo alvo de comentários desagradáveis, Auggie lembra do conselho da mãe:
“Se você não gosta do lugar onde está, apenas imagine onde quer estar.”
Assim, o aluno enfrenta toda a discriminação só para assistir as aulas de Ciência, sua matéria favorita. Para superar o climão nos corredores, ele se foca naquilo que sonha para o futuro: ser astronauta.
2- “CUERDAS”, EM PORTUGUÊS “CORDAS
Apresenta uma reflexão sobre o amor incondicional e a amizade verdadeira.
O seu criador, Pedro Solís Garcia, inspirou-se na sua filha que é muito próxima do irmão com paralisia cerebral.
3-FLUTUAR OU FLOAT (SEU TÍTULO ORIGINAL)
É um filme de curta-metragem que conta a história de um pai e seu filho com autismo. Apesar de ser breve, seu enredo levará você às lágrimas, especialmente se também tiver um filho com habilidades especiais.
Tem como foco refletir o processo de adaptação das famílias ao diagnóstico dessa condição. Pois bem, ao receber a notícia de que a criança tem essa condição, muitos pais não a assimilam muito bem.
E, em grande medida, isso responde à concepção social de que “ser diferente” é desaprovado.
Mas a realidade é que somos todos diferentes e a diversidade é a nossa norma, não a exceção. Por isso, o curta visa ensinar aos pais que é preciso aceitar nosso filho como ele é e deixar de lado as aparências ou os preconceitos alheios.
4- HAIR LOVE
É um curta-metragem que acompanha a história de um homem que precisa pentear os cabelos da filha Zuri, de sete anos, pela primeira vez.
A menina tenta pentear sozinha enquanto assiste a um vídeo de instruções e, por isso, o pai resolve ajudá-la.
A produção trata de forma lúdica a aceitação e representatividade.
5- NAPO
“Napo” de Gustavo Ribeiro é exibido na 16ª CineOP | Rede Minas – Sessão Cinematógrafo Especial, prometendo um compartilhamento de memórias afetivas para parte do público.
A obra se concentra na relação de um menino que não compreende a doença (Alzheimer) que seu avô possui, mas o convívio traz à tona uma série de sentimentos e memórias que vão sendo construídos a partir de desenhos.
6- THE PRESENT
O jovem Jake passa a maior parte do seu tempo diante da TV jogando videogame, porém, a situação muda quando sua mãe dá a ele um inestimável presente que o fará mudar sua percepção sobre sua vida e como ela tem sido tratado.
Embora tenha pouco menos de 4min, o curta O PRESENTE é inspirado por uma tira do brasileiro Fábio Coala e consegue, com certa delicadeza e profundidade, trazer à tona um contraste daqueles que acreditam que um problema pode representar quase o fim da vida.
Mas precisam tomar um choque de atitude para perceberam que outros na mesma situação conseguem viver bem e transbordando felicidade. É um curta humano, brilhante e carregado de sentimento verdadeiro.
Este curta metragem espanhol, em 7 minutos, faz a gente pensar na criatividade, na imaginação e no afeto como caminhos para uma vida mais colorida. Ele transporta para a rotina de um pai e seu filho, parecidos demais um com o outro, mas com visões de mundo que estão se distanciando.
O vídeo ficou famoso no mundo todo por tratar, de maneira simples, o cotidiano da vida moderna: a rotina e a falta de cor no dia a dia.
7- “ALIKE”
Retrata a forma como encaramos o mundo ao nosso redor, muitas vezes intoxicados pela rotina que nos cerca, vamos perdendo nossa vida, deixando de lado a imaginação e o afeto. Um curta que merece ser todos os dias da vida. Vale cada segundo!
Porque falar sobre o RESPEITO com as crianças?
Vivemos em sociedade e cada um possui sua individualidade, é primordial que pais e responsáveis dialoguem de forma clara e objetiva com as crianças.
Dê exemplos de vida real, quando a criança apresentar uma atitude desrespeitosa com qualquer pessoa ou animal, corrija e fale sobre a importância do respeito.
É preciso ensinar as crianças a terem um olhar humanizado e empático em relação ao próximo.
Uma músicahttps://www.letras.mus.br/vinicius-castro/ser-diferente-e-normal/ que destaca muito essa importância do respeito, é a música do cantor Vinicius Castro. Vejamos:
“Todo mundo tem seu jeito singular
De ser feliz, de viver e de enxergar
Se os olhos são maiores ou são orientais
E daí, que diferença faz?
Todo mundo tem que ser especial
Em oportunidades, em direitos, coisa e tal
Seja branco, preto, verde, azul ou lilás
E daí, que diferença faz?
Já pensou, tudo sempre igual?
Ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal
Já pensou, sempre tão igual?
Tá na hora de ir em frente:
Ser diferente é normal!
Ser diferente é normal!
Ser diferente é normal!
Ser diferente é normal!
Todo mundo tem seu jeito singular
De crescer, aparecer e se manifestar
Se o peso na balança é de uns quilinhos a mais
E daí, que diferença faz?
Todo mundo tem que ser especial
Em seu sorriso, sua fé e no seu visual
Se curte tatuagens ou pinturas naturais
E daí, que diferença faz?
Já pensou, tudo sempre igual?
Ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal
Já pensou, sempre tão igual?
Tá na hora de ir em frente:
Ser diferente é normal!”
Dessa forma, diversidade e inclusão devem ser apresentados para as crianças e principalmente para combater o preconceito infantil. Os filmes nos oferece uma excelente oportunidade para este debate.
Os pais, responsáveis e a comunidade escolar possuem o papel primordial para ensinar as crianças a terem um olhar de empatia para todas as pessoas sem qualquer tipo de preconceito.
SER DIFERENTE É NORMAL !
Por Priscila Mendes