O nascer de um pai envolve muitos sentimentos?
E sabido que o pai é importante na vida da criança. Mas como fica esta participação?
Este nascer inicia na gestação?
Esse nascer começa após o parto?
A participação do pai antes, durante e após a gestação é essencial e necessária, é no nascimento de um filho que se inicia as mudanças incríveis.
E por mais preparo e cuidado que os pais tenham se atentado, os medos e mudanças são extremos e muitas vezes assustadores na vida de ambos.
A presença de sentimentos ambivalentes é muito comum diante desse nascer, tantas necessidades a serem atendidas:
Compreender o choro do bebê, as horas de amamentar, trocar frauda além das noites de sono interrompido que passam a ser frequentes.
Sendo assim, gostaria de ressaltar o papel do pai em tudo isso!
No inicio deste nascer é muito natural que ambos se sintam-se alheios e não pertencentes a toda a rotina.
As mudanças na vida conjugal, o estresse com tantas demandas tornam-se um caminho muito delicado podendo gerar certo distanciamento e conflitos que poderiam ser evitados.
Segue algumas dicas de como pode ser a participação do pai após o nascimento do bebê:
Seja participativo nos cuidados com a criança: muitas vezes essa dificuldade ocorre por crenças de incapacidade ou medo de cuidar de um ser tão sensível.
O momento é de aprendizado, apenas se ofereça e se disponha a aprender se envolvendo e assumindo o lugar de pai tão valioso desde agora na formação do vínculo com seu filho.
Assim, realizar algumas tarefas como o banho, acalentar para dormir, ajudar a cuidar nas situações de cólicas e outras inúmeras circunstâncias são de fundamental importância e significado.
Tenha iniciativa com os cuidados da casa: muitos casais já adotam esse sistema de cuidarem juntos das atividades domésticas, ou ter alguém para auxiliar, mas ainda assim, com o nascimento de um filho as demandas aumentam e o ânimo para cuidar de tudo diminui.
Então é muito importante que a comunicação entre o casal seja assertiva, de orientações e combinados no lugar de cobranças e desentendimentos permanentes.
Enganam-se aqueles que pensam que por estarem fora trabalhando o dia todo não podem ajudar em casa. A adaptação é necessária para ambos, à mulher também se cansa e necessita de atenção.
Dê apoio à mulher: por mais esperado e feliz que seja a chegada de um filho, as mudanças emocionais e físicas, comumente, afetam a autoestima dela.
Pode ser que ela tenha queda de cabelo, sofra muito ao amamentar, tenha dificuldades para voltar ao peso normal, se sinta insegura como mãe e como mulher.
Tudo isso precisa de tempo, adaptação e aceitação. Mostre a ela seu valor, o quanto foi forte por passar pelo parto e que aos poucos ela está se reconhecendo neste novo papel e no nascimento desta nova pessoa que agora é mãe.
Assim também é para você, homem, que ao participar e se envolver inicia um processo semelhante ao da mulher neste novo momento, nascer pai, tornar-se pai.
Quanto mais se envolve perceber seu papel tão imprescindível na vida da criança e da família que está sendo formada.
Socialmente falando, temos várias concepções de pai: o presente, o ausente, o carinhoso, o dedicado, o agressivo e por aí vai.
Você nasceu como?
Ou
Você não nasceu?
A mãe, tem o papel definido, gesta, dá à luz e amamenta, ou seja, não tem opções de variações definidas na relação com a criança, talvez mais tarde, mas não é regra, mãe é mãe.
Esses fatores contribuem fundamentalmente para que os laços sejam naturalmente mais fortes, no entanto, para a criança, é necessário este nascer do seu pai, assim ela se reconhecer-nele.
Mas afinal, qual é o papel do Pai?
Como nasce este pai?
A função do pai é histórica, sociológica e antropológica de “O provedor”. Só isso?
Trazer alimentação, impor limite e segurança?
Pensando neste viés, é preciso salientar que quando o pai nasce, o seu papel é mais importante do que o espaço já determinado na sociedade.
É comprovado, que o reflexo no futuro de uma criança que teve um pai presente, em momentos especiais, simples ou casuais é determinante para a formação de sua identidade e essa relação pai/filho ou pai/filha precisa ser fortalecida desde a concepção.
Ou seja, o pai nasce na gestação.
Infelizmente existe muitos pais que não nasceram. Por isso, foi preciso a obrigar esse pais que pagar um pensão para as gravidas, como relata a nossa advogada Talita Fernandes no texto alimentos gravídicos
Diferentemente do que socialmente acredita, a rejeição paterna traz magoas e marcas profundas, traz dores físicas e emocionais para uma criança; a dor emocional pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência a agressividade na vida adulta.
Enquanto equipe multidisciplinar, sabemos da importância do nascimento do pai e da figura masculina na formação da personalidade e identidade da criança desde a infância até sua vida adulta.
Você pai que nasceu, sabe seu direito e deveres?
Quer descobrir mais sobre a importância do nascer verdadeiramente, compartilho textos da nossas colunistas.
O pai e sua influência na infância
Pra você que pai que não nasceu segue um texto reflexivo e baseado na lei.
Portanto pai, a criança que não conhece os limites advindos do pai, irão procura-los em tudo, e quando adultos, frequentemente os encontrarão em situações conflituosas e perigosas (álcool, drogas e prostituição).
Desejamos pra você pai um nasce e um renasce.
Feliz dia dos pais!
Equipe Descobrindo Crianças
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Capa: Fotografa Keyla Gomes