Quem tem um animal de estimação sabe o quanto a convivência com ele traz sensação de bem-estar e de amor incondicional. E quando falamos de crianças, são aliados na hora de descomplicar o desenvolvimento infantil.
São muitas as contribuições que o convívio com os pets proporciona, como a melhora no desenvolvimento físico, emocional, cognitivo, social e afetivo da criança. No texto da psicóloga Brunna da Silva, publicado anteriormente aqui no blog, você pode descobrir um pouco mais sobre essas contribuições.
Nesse texto quero destacar outros aspectos importantes do convívio entre crianças e animais de estimação.
Assim como as crianças tem sua rotina diária, os pets também têm. São várias tarefas que incluem o cuidado com os bichanos e a criança pode participar de todas ela, desde que supervisionada por um adulto.
Solicitar ajuda e responsabilizar seu filho pelo cuidado com o animal pode favorecer e estimular o desenvolvimento da sua autonomia. Pois, terá que cuidar e administrar seu tempo para desempenhar as tarefas de cuidado com o bichano.
Combine com a criança os horários em que ela irá, por exemplo, limpar os desejos, alimentar ou brincar com o pet. Pais e filhos podem ficar responsáveis por levá-lo para passear, atividade que será de grande diversão para todos os envolvidos.
Além da autonomia, as tarefas listadas acima trazem como benefício para a criança: melhora na coordenação motora, melhora nas funções cognitivas, desenvolvimento do senso de ética e responsabilidade, desenvolvimento do campo visual e da relação com o mundo exterior, compreensão sobre a ajuda e cuidado com o outro.
Estudos mostram também que a convivência com cães e gatos proporciona melhora no sistema imunológico da criança, diminuindo a incidência de doenças respiratórias e alergias.
Ficou claro que a dupla crianças e animais de estimação formam um time e tanto, não é mesmo?! E você sabia que o uso de animais de estimação também é terapia?
A chamada Terapia Assistida por Animais (TAA) corresponde a uma intervenção dirigida com objetivo de promover a saúde física, social, emocional e/ou desenvolver as funções cognitivas daqueles que se beneficiam dela. Por ser uma terapia complementar, a TAA não substitui as outras. Contudo, associada com outras intervenções costuma dar ótimos resultados.
Podem se beneficiar da TAA, as pessoas com:
– Distúrbios no desenvolvimento;
– Distúrbios de aprendizagem;
– Distúrbios na comunicação;
– Transtorno do Espectro Autista;
– Síndrome de Down;
– Deficiências sensoriais (cegueira, surdez);
– Paralisia cerebral ou outros comprometimentos motores;
– Distúrbios comportamentais; e
– Comprometimentos emocionais e sociais.
É importante que a equipe seja formada pelos seguintes profissionais: médicos veterinários, psicólogos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. E estes devem estar capacitados para escolher o método adequado, acompanhar as atividades e garantir o bem-estar dos animais e dos pacientes.
Dentre os benefícios físicos e mentais apresentados pelos pacientes, destacam-se: o estímulo à memória, a inibição da dor, oportunidade de comunicação e socialização, sensação de segurança, melhora na motivação, aprendizagem e confiança, diminuir a solidão e a ansiedade, recuperar a autoestima, desenvolver sentimentos de compaixão e estimular a prática de exercícios.
Se você se interessou pela Terapia Assistida por Animais, ou acredita que seu filho pode se beneficiar, busque um local referenciado para uma avaliação.
Se sua família já tem um animal de estimação, aproveite para passar mais tempo com ele e se beneficiar de todo amor que ele pode te oferecer.
Por Suellen Merencio
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