Sentar em W é sentar com as pernas voltadas para trás. Essa é uma posição muito comum entre as crianças e até alguns adultos sentam assim, no chão.
Alguns bebês, depois que começam a engatinhar começam a sentar assim, naturalmente. Quando estão na posição “de gatinho” apenas voltam-se para trás e encostam o bumbum no chão. A partir daí, cria-se um hábito que pode durar por muito tempo e a persistência desse costume pode prejudicar seu desenvolvimento.
Algumas crianças preferem sentar assim porque permanecem com estabilidade e equilíbrio maior na posição sentada, o que facilita o brincar.
Mas por que devemos evitar que as crianças sentem no chão dessa forma?
Porque sentar em W pode causar uma série de alterações ortopédicas e posturais. O quadril, o joelho e o tornozelo não permanecem em posições adequadas e há maior chance de desenvolver contraturas e estiramentos musculares.
O posicionamento dos pés durante a marcha pode ficar alterado, o que leva às alterações do equilíbrio e assim a criança cai com mais frequência, ao andar ou correr.
Além disso, o peso do corpo não fica sobre o bumbum, como quando sentamos adequadamente em uma cadeira, por exemplo. O peso fica distribuído sobre as pernas e isso provoca alterações posturais também.
Quando seu filho ou aluno sentar assim, apenas corrija, falando carinhosamente. Mostre outras opções corretas de sentar, como a posição de índio, com as pernas abertas e estendidas ou cruzadas lateralmente. Corrija quantas vezes forem necessárias! Mas, também explique o porquê não é legal sentar dessa forma.
Caso sentar em W seja um hábito adquirido, será necessário um pouco mais de persistência. Colocar a criança sentada sobre uma almofada pode facilitar a quebra do padrão.
Lembrando que as crianças aprendem mais pela observação, pelos exemplos. Nós adultos temos que ser um modelo para elas! Então, nada melhor que aproveitar as brincadeiras e atividades no chão para mostrar as formas corretas de sentar, tornando o momento agradável. E se a criança sentir desconforto ou dor ao sentar de forma adequada é preciso buscar ajuda com um Fisioterapeuta, que realizará uma avaliação e orientação mais específica.
Artigo por: Fernanda Alves.