Proibição de telas no ambiente escolar foi recentemente aprovada através da lei que inibe o uso de telas em escolas públicas e privadas. A aprovação dessa medida tem gerado intensos debates na sociedade, especialmente entre educadores, psicólogos e especialistas em pedagogia.
Como pedagoga, considero essencial analisar os aspectos positivos e negativos dessa legislação sob a perspectiva do desenvolvimento educacional e emocional das crianças.
Impactos negativos do excesso de telas
Não é novidade que o excesso de tempo diante das telas preocupa pais, professores e profissionais de saúde mental. Estudos psicológicos indicam que a superexposição digital pode contribuir para problemas como dificuldades de concentração, prejuízos no desenvolvimento socioemocional, distúrbios do sono e aumento nos índices de ansiedade e depressão.
Nesse contexto, limitar o uso de telas no ambiente escolar parece atender a uma preocupação legítima com o bem-estar das crianças.
O papel positivo das tecnologias
Por outro lado, especialistas apontam que a relação das crianças com as telas não é exclusivamente prejudicial. Quando bem orientadas, as tecnologias podem estimular habilidades cognitivas, promover interações saudáveis e facilitar o acesso ao conhecimento. Além disso, a proibição total ignora o papel cada vez mais central que as ferramentas digitais desempenham na vida contemporânea.
Desafios pedagógicos da lei
Do ponto de vista pedagógico, essa lei apresenta desafios significativos. Em um mundo cada vez mais digital, ignorar as tecnologias pode significar preparar os alunos para um passado que já não existe, em vez de capacitá-los para o futuro.
As telas, quando utilizadas de forma planejada e pedagógica, podem ser potentes instrumentos de aprendizado, promovendo maior engajamento, diversificação de métodos e personalização do ensino.
Plataformas educacionais digitais oferecem recursos que estimulam o pensamento crítico, a resolução de problemas e a criatividade. Aplicativos interativos podem transformar conteúdos abstratos em experiências concretas e tangíveis para os estudantes.
Desigualdades educacionais
Outro ponto crítico levantado por pedagogos e psicólogos é que a proibição total das telas desconsidera as desigualdades educacionais existentes.
Em muitas comunidades, o acesso à tecnologia na escola é a única oportunidade que os alunos têm para interagir com ferramentas digitais. Negar esse acesso perpetua desigualdades e compromete o direito à educação de qualidade para todos.
Proposta de uso equilibrado
Em vez de uma proibição generalizada, defendo o uso consciente e equilibrado das tecnologias no ambiente escolar. Isso exige a formação continuada de professores, que precisam estar preparados para integrar recursos digitais à prática pedagógica de forma crítica e eficiente.
Também é fundamental estabelecer limites claros para o uso das telas, garantindo que elas complementem, e não substituam, as interações humanas e as experiências analógicas, que continuam sendo indispensáveis para o desenvolvimento das crianças.
Portanto, embora a intenção da lei seja compreensível e responda a preocupações reais, sua aplicação irrestrita pode trazer prejuízos que superem os benefícios.
É necessário buscar soluções que equilibrem a preservação da saúde infantil com a preparação para um mundo em constante transformação.
Como educadores, nosso compromisso deve ser sempre com o desenvolvimento integral dos alunos, utilizando todas as ferramentas disponíveis para alcançar esse objetivo.
Boa tarde!
Realmente existe o prejuízo do excesso de telas está levando muitas crianças a terem diagnóstico equivocado por causa disso.
É preciso educar para o uso da tecnologia. Saber usar com ética e responsabilidade. Tanto as crianças como os adultos.
O vilão não é a tecnologia é a falta de educação.
Concordo com o uso de forma equilibrada.