A educação em 2022: o que aprendemos e o que queremos
Ainda num contexto incerto sobre a pandemia de Covid-19, dúvidas e incertezas sobre novas variantes, possíveis epidemias, enfim, a educação ainda reflete toda a paralisação mundial ocorrida nos anos anteriores.
Em meio ao nosso futuro duvidoso, fica a certeza de que nossa educação, a comunidade escolar e todo seu contexto social não será o mesmo dos tempos pré pandemia.
O modelo híbrido está instaurado e passou a ser parte do contexto avaliativo.
Os alunos realizam provas on-line, diversos materiais já trabalham com a inserção das TIC’s para aprofundar o conhecimento e as práticas de ensino agora parecem todas estar ligadas aos avanços que a tecnologia pode agregá-las.
Parece que tudo caminha para o virtual e isso de certa forma acarreta inúmeros benefícios para a escola, porém, como ponto positivo dessa nova realidade, perdemos pontos com relação à interação com o outro.
Nós professores retornamos para a sala de aula com inúmeras ferramentas tecnológicas, diversas práticas, uma vontade imensa de aplicar e aprofundar todo o conhecimento… e nos deparamos com uma sala repleta de estudantes que agora possuem celulares e tablets, pouco se importando em quem está lá na frente a ensinar.
Agora tudo parece estar interligado, estamos tão perto de todas as informações, mas ao mesmo tempo estamos tão distantes.
A aplicação de metodologias e conteúdos que antes era um grande desafio dá lugar para o cuidado com o socioemocional de estudantes e professores.
Sim, professores, porque eles também estão vindo de uma pandemia.
Durante o ano de 2022, pudemos observar e já relatar diversas defasagens acarretadas pelo nosso contexto pandêmico, mas ainda é um grande desafio lidarmos com jovens e crianças emocionalmente abaladas.
Este ano muitas vezes deixamos de lado os conteúdos a aprofundamentos para dar lugar ao abraço, ao carinho, às palavras de incentivo, e sim, práticas como esta são tão importantes (até mais em alguns contextos) que a própria utilização da tecnologia em sala de aula.
Construímos pontes virtuais com o universo e ao mesmo tempo adquirimos uma dificuldade gigantesca em se comunicar, em se expressar.
Os professores estão se mobilizando para que nossas gerações futuras consigam pelo menos posicionar-se diante de uma situação sem pestanejar, nem se esconder.
Que nossos jovens consigam superar a existência do luto, dos medos e do buraco criado nestes últimos anos, pois eles são nossa esperança de sobrevivência.
Evolução, tecnologia aliada à educação, metodologias modernas, ferramentas digitais que evoluíram a transmissão dos conteúdos acadêmicos… essa é a realidade que temos.
Abraço, carinho, empatia, valores e autonomia; são nossos desafios para potencializar a aprendizagem que queremos chegar em 2023.
Sobrevivemos.
Agora precisamos existir.
O que você espera da educação em 2023?
Por Fernanda Colil