O colesterol é um tipo de gordura adquirida através da alimentação e também produzida pelo fígado que compõe as membranas celulares, assim, ele é essencial para o bom funcionamento do cérebro, nervos, músculos, fígado, intestino e até mesmo do coração.
Além de ser essencial para a formação de ácidos biliares, indispensáveis para digerir a gordura dos alimentos.
Porém, sua quantidade no sangue deve ser mantida em uma faixa de normalidade para se evitar que o excesso se deposite nos vasos sanguíneos. Este depósito vai crescendo gradualmente e formando uma placa de ateroma que pode obstruir os vasos sanguíneos e causar infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
O excesso de colesterol no sangue, mais conhecido como colesterol alto, pode ter causas genéticas e alimentares, e normalmente deveria ser diagnosticado apenas em pessoas adultas. Mas infelizmente não é o que tem se visto ultimamente.
Muitas crianças são diagnosticadas com o colesterol alto, e isso tem se tornado um grave problema de saúde pública.
A criança com excesso de colesterol no sangue corre um grande risco de desenvolver problemas cardíacos muito precocemente, quando ainda for um jovem adulto, sem contar que estes problemas podem ser fatais.
Mas por que as crianças estão sendo diagnosticadas com este problema? Quais as possíveis causas?
Neste caso, o fator alimentar contribui bem mais que o genético. As crianças estão expostas desde muito cedo a alimentos ultraprocessados, artificiais, com ingredientes que pouco ou nada contribuem para a saúde do indivíduo.
Quais são os alimentos vilões?
Como exemplos desses alimentos destaca-se os embutidos, preparações instantâneas, refrigerantes, salgadinhos, doces, gelatinas, refresco em pó, tempero pronto, margarinas, queijinhos petit suisse, sorvetes, biscoito recheado, achocolatados e outros.
A falta de nutrientes e o excesso de açúcar e gordura destes “alimentos” desequilibra o metabolismo do organismo aumentando a produção de colesterol pelo fígado, com isso, a consequência é o acúmulo do mesmo nos vasos sanguíneos.
Então o que fazer para proteger as crianças desse mal?
O principal é diminuir o acesso das crianças aos alimentos ultraprocessados, não comprando estes alimentos para sua casa.
Estimule seu filho a consumir alimentos naturais como grãos, frutas e hortaliças, faça com que estes alimentos sejam a base da alimentação de sua família.
E principalmente, seja o exemplo para seus filhos. A criança aprende muito mais pelo exemplo que os responsáveis dão do que pelo que eles falam.
Aqui no blog tem texto da psicóloga Renata Lela relatando como o cérebro das crianças funciona quando o exemplo vale mais que mil palavras.
Portanto, se seu filho estiver com este diagnóstico, como nutricionista te oriento a não deixa de procurar ajuda de profissionais especialistas na saúde infantil, só assim esse problema será logo revertido e seu filho poderá continuar com o desenvolvimento saudável.
Por Angélica Ribeiro
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Foto Capa: Frepik