Diagnóstico não é destino! Os pais muitas vezes nos perguntam: “Existe alguma esperança?” “Meu filho vai andar?”
Eles querem saber se o seu filho pode se recuperar após uma lesão. Se seu filho vai crescer e se desenvolver como haviam sonhado. Os pais querem saber se o seu filho poderá ter uma infância. Toda criança quer se mover. As crianças querem rolar, correr, saltar, chutar uma bola e jogar. Quando essas habilidades são retiradas ou não são desenvolvidas acontece uma cascata de efeitos. Além dos efeitos que ocorrerão no corpo da criança, os efeitos negativos se espelham para o emocional da família.
Nós, fisioterapeutas, usamos o conhecimento científico para que o paciente e sua família mantenham acesa a esperança. Costumo sempre dizer aos pais: ciência = esperança. Acredite. Lute.!! Toda vez que a criança faz algo novo, algo que antes eles não tinham capacidades, somos inspirados. Comprovamos que a ciência é poderosa quando feita com respeito e amor. Isso faz com que seguimos em frente. Nossa missão é estender a mão e buscar uma vida digna para eles. Com movimento.
A fisioterapia pediátrica auxilia no desenvolvimento da criança de acordo com cada caso. Se houver alguma patologia que esteja retardando os movimentos básicos, uma medida específica será realizada para esse fator. Mas se não houver nenhum problema referente, a fisioterapia pode ainda ajudar na flexibilidade, tônus muscular e nas capacidades básicas para a mobilidade funcional da criança.
Além dos exercícios que poderão ser realizados, atividades simples ajudam no desenvolvimento do processo. Tais como: Não evite quedas; Deixe a criança descalça; Ensine-o a levantar. Nessa fase de descoberta é normal as crianças terem quedas constantes, mas os pais não devem se preocupar e muito menos tentar evitá-las. Claro que se deve ter atenção e cuidados, mas deixar a criança livre faz com que ela aprenda em cada queda que tiver. Cair faz parte do aprendizado. A criança precisa de estímulos táteis nos pés para desenvolver a percepção do próprio corpo. Além disso, o calçado pode trazer incômodo para a criança. Deixe-as com os pés descalços! Mesmo que a criança não fique de pé a musculatura e o sistema nervoso ainda precisam ser estimulados, dando sustentação ao corpo. Para isso as brincadeiras são muito indicadas. Os pais podem brincar com os filhos e mostrar a eles como colocá-los de pé, agachar e levantar, e a criança ao vê-los tendem a imitá-los. Dessa forma ajudará no fortalecimento e na coordenação motora nas pernas.
Portanto não precisa de pressa para que a criança inicie a marcha, incentive, estimule-as, porém respeite o seu tempo, suas possibilidades e tentativas .
Analisando a tentativa do primeiro passo, da primeira postura. Enxergando nisso possibilidades. Em suma, estamos aqui para ajudar as crianças a chutar a paralisia e através da ciência acreditar que temos todos os motivos para ter esperança.!!
Por Aline Ribeiro
Leia também: A importância de Fisioterapia no Ambiente Escolar para Criança com Deficiência