Shantala

Shantala. Conheça um pouco dessa técnica milenar que traz muitos benefícios para seu bebê.

A shantala é uma técnica de massagem que cria uma conexão bastante especial entre mãe e bebê. A origem da shantala é indiana. Lá é uma tradição milenar, passada de mãe para filha. Um médico francês, Fréderick Leboier, viajando pela Índia, viu uma mulher massageando seu bebê em plena calçada das ruas de Calcutá. Maravilhado, pediu que ela ensinasse sua técnica. De volta a seu país, Leboier, passou a divulgar a massagem, batizando-a de “Shantala”, pois esse era o nome da mulher que lhe ensinou a prática indiana.

A shantala oferece inúmeros benefícios. Ela melhora o sono, relaxa e acalma, ativa circulação sanguínea e linfática, elimina gases, diminuindo assim as cólicas, tão comuns nos bebês. Também ajuda a hidratar e tonificar a pele do bebê, melhora a respiração e a constipação nasal e, principalmente, fortalece o vínculo afetivo entre mãe e seu bebê.

É importante que a mãe reserve um momento do seu dia para se doar para a criança, através do toque, uma forma de comunicação baseada em afeto, amor e carinho. Por isso, a shantala é muito mais que uma técnica de massagem. É um ato de amor.

Hoje, existem cursos que ensinam a massagem, uma vez que existem movimentos específicos a serem feitos para proporcionar todos os benefícios da shantala para o bebê. Mas, também existem diversos vídeos e tutoriais na internet sobre o tema. Antes de aplicar, é necessário conhecer a sequência de movimentos e principalmente praticar. O toque precisa ser firme, porém, suave e agradável para a criança.

Por que sentar em W pode ser prejudicial para as crianças?

Prepare uma ambiente tranquilo, propício ao relaxamento. Você pode utilizar pouca iluminação e músicas calmas, se quiser. As mulheres indianas realizam a shantala sentadas no chão, com as pernas estendidas e juntas, colocando o bebê sobre elas. Caso essa posição seja desconfortável, a criança pode ser colocada na cama, ou num colchão. O importante aqui é o conforto de ambos, mãe e bebê.

O bebê deve estar sem roupas, por isso o ambiente deve estar com temperatura agradável. O uso do óleo é essencial para que as mãos deslizem com facilidade. Os óleos vegetais são mais rapidamente absorvidos pela pele do bebê. Já os sintéticos demoram mais tempo, por isso podem causar alergias e até mesmo obstrução dos poros.

Ao realizar os movimentos, mantenha contato visual constante com a criança, converse com ela, mesmo que seu bebê tenha poucos meses de vida. Isso, além de fortalecer o vínculo, estimula o desenvolvimento cognitivo e da linguagem.

De preferência, realize todos os dias, sempre no mesmo horário, para que seja parte da rotina. O ideal é que depois da shantala, a criança tome um banho para retirar o excesso do óleo. Se esse ritual for feito à noite, certamente a criança terá uma ótima noite de sono.

Agora, não acorde seu filho para fazer a massagem, ou se ele não quiser receber a shantala é melhor respeitar os desejos do bebê e deixar para um outro momento. É normal chorar nos primeiros dias, pois ele ainda não está acostumado com o estímulo sensorial que a shantala provoca.

Antes do primeiro mês de vida, a shantala é contraindicada, uma vez que os bebês perdem calor com muita facilidade. Além disso, não se deve realizar em bebês com problemas na pele, ao terminar de mamar ou quando o bebê estiver com fome, na presença de qualquer desconforto, alterações ósseas ou articulares.

Pratique a shantala! Faça com que seu filho se sinta mais amado e seguro e a vinculação entre vocês muito mais forte.

“Sim, os bebês têm necessidade de leite, mas muito mais de serem amados e receberem carinho. Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados” (Leboier, 1976).

 

Por Fernanda Alves.
Crédito da capa: Pinterest.

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