Obesidade infantil: Não vamos brincar

Não vamos brincar com a obesidade infantil

Ultimamente temos ouvido que o peso do brasileiro tem aumentado, mas isso será verdade? A mídia não está apenas inventando esse dado para a venda de produtos e serviços?

E se for verdade, será que as crianças também estão apresentando esse aumento de peso?

Sinto dizer que sim, é verdade! Sinto dizer que o excesso de peso não vem sozinho, ele vem acompanhado de várias doenças que só trazem malefícios ao organismo. E sinto dizer que as nossas crianças não estão fora das estatísticas.

Dados recentes da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), Banco Mundial e Ministério da Saúde com toda a população brasileira mostrou que o excesso de peso em crianças de 5 a 9 anos de idade cresceu de forma mais acelerada que nas demais faixas etárias.

Em 34 anos a obesidade nas crianças aumentou 13,7% nos meninos e 10% nas meninas e o sobrepeso sofreu aumento de mais de 23,0% em ambos os sexos.

Não é uma ilusão o que vemos nas ruas, as crianças estão mesmo mais “cheinhas”. Mas o pior, é que a obesidade vem associada a outras doenças crônicas.

Mas o que seriam doenças crônicas?

São doenças persistentes por mais de seis meses e que não se resolvem em curto período de tempo, normalmente elas acompanham o indivíduo durante muito tempo e, em muitos casos, não há cura, apenas tratamentos periódicos.

E desde a infância as pessoas já podem começar a desenvolver esse tipo de doença. A obesidade é um exemplo de doença crônica, assim como o diabetes, doenças do coração, alterações nos níveis de gordura no sangue e pressão alta.

E para piorar o surgimento de uma dessas doenças pode levar ao surgimento e complicação de outra, fazendo com que a qualidade de vida de qualquer pessoa fique comprometida.

E porque será que a obesidade está aumentando?

O que estamos fazendo de diferente?

Na verdade, as causas da obesidade são muitas, não há apenas uma mudança que faça com que ela exista, mas as modificações na alimentação e na atividade física podem ser exemplos do que estamos fazendo diferente.

A mesma pesquisa que mostra aumento de peso na população também mostra que o consumo de alimentos ultraprocessados sofreu um aumento significativo.

Com a correria do dia a dia, onde as pessoas possuem menos tempo e procuram praticidade em diversos setores de suas vidas, a alimentação composta por alimentos naturais, foi substituída pelo alto consumo de alimentos de fácil acesso, porém, sem nutrientes e com elevada densidade energética, que leva ao aumento de peso do indivíduo.

http://descobrindocriancas.com.br/2017/05/18/meu-pratinho-saudavel/

Além disso, a prática de atividade física vem diminuindo, as crianças não podem mais brincar nas ruas, as casas espaçosas com grandes quintais têm se transformado em pequenos apartamentos sem espaço para brincadeiras em que se gaste energia, com isso, elas podem acabar ganhando peso.

E o que podemos fazer?

Como tratar esse problema que é considerado de saúde pública?

Bom, assim como as causas da obesidade são diversas, o tratamento também é.

Pode-se começar diminuindo o tempo de tela do seu filho, ou seja, o tempo que ele passa em frente à televisão ou a computadores e celulares; aumentando o gasto de energia com práticas de esporte e brincadeiras de correr.

E que tal diminuir a frequência de refeições na rua e aumentar o consumo de alimentos naturais e feitos em casa pela família?

Para o tratamento e prevenção da obesidade infantil as modificações de estilo de vida devem ser intensivas, adaptadas à idade da criança e culturalmente aceitas por elas, mas para que ele realmente tenha sucesso o envolvimento familiar é imprescindível.

Não deixe seu filho sozinho nesse momento, dê a ele apoio e disponibilize todas as possibilidades e ferramentas, como um atendimento profissional adequado, para que ela possa ter um crescimento e desenvolvimento saudáveis.


Artigo por: Angélica Ribeiro

Capa: Freepik

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