A normalidade é algo que não remete a desafios novos ou a necessidade de nos renovar como seres humanos.
Ela nos deixa em nossa zona de conforto e não nos torna um ponto fora da curva dentro de nossa sociedade. Quando existe o primeiro momento que proporcione a aceitação de uma criança especial, ela ocorrerá pelos mediadores que lhe apresentam o mundo, seus pais.
Entretanto, a aceitação dos pais com crianças especiais vai muito além de apenas aceitar suas dificuldades, além de se adaptar a jeitos e personalidades diferentes.
Os pais já possuem um medo natural com o acréscimo de mais um papel em sua vida, mais uma identidade criada.
Porém o medo da aceitação dos pais com crianças especiais é maior que esse, é o medo de como a sociedade, a vida propriamente dita, com suas obrigações e pré-julgamentos que encontramos todos os dias, irá recebê-los e se comportar perante esta situação.
Seria muito cedo para pensar tão à frente, porém os pais estão sempre pensando no futuro de seus filhos, e possivelmente até mesmo antes de pensar no seu. Ou na possibilidade do que poderá acontecer com aquela criança, caso algo ruim aconteça com seus cuidadores.
Normal encontrar muitos pais que aparecem com crises intensas de ansiedade, aquela sensação que faz com que tenhamos medo, angustia de situações futuras, que não temos controle e muito das vezes acaba sendo maior do que a situação real.
Por isso que desde sempre, as crianças especiais podem e devem sentir segurança de si e de seus atos, haverá limitações, mas é preciso incentivá-las a criarem a autonomia que for possível de ser criada, para que assim, ela cresça e visualize que sua condição de vida, não irá lhe limitar e sim poderá se tornar um desafio com seus resultados, e poderá será tão gratificante para ela quanto para os seus pais.
É comum encontrar pais que sabem que a criança possui condições de fazer determinadas atividades, mas mesmo assim, acabam realizando por elas, ou seja, é possível perceber que isso não é uma aceitação de forma totalmente integral, pois quando vemos uma criança brincando no parque e acaba caindo, ela mesma criará condições de se levantar e superar aquele momento, muito das vezes sem o auxilio de pais.
As crianças especiais podem exercer as atividades de seu jeito e deverá aprender lidar com suas habilidades de sua forma única, pois será assim que posteriormente isso será alimento e poderá criar artefatos cognitivos para lidar com as questões que surgirão na sociedade em que está inserida.
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