AMAMENTAÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE

Todos já ouviram que a amamentação é importante para a saúde dos bebês. Além da qualidade nutricional, o leite materno contribui para a manutenção de um excelente estado nutricional e para a prevenção de doenças.

De acordo com a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) o aleitamento materno, se realizado até seis meses, pode evitar, por ano, a morte de 1,3 milhão de crianças menores de 5 anos[1].

Infelizmente os números mostram outros dados. Estima-se que em todo o mundo apenas 35% dos lactentes são alimentados exclusivamente de leite materno até os 4 meses.

O desmame precoce e a utilização de alimentos inadequados estão associados ao aumento da mortalidade infantil e à presença de doenças na infância.

À longo prazo a má-nutrição na primeira infância está associada a redução no desenvolvimento intelectual, social e emocional das crianças, afetando o rendimento escolar e as habilidades em outras áreas da vida infantil.

Pensando no futuro das crianças, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a promoção, proteção e apoio à amamentação exclusiva até os 6 meses, seguida de alimentação complementar apropriada e manutenção do aleitamento materno até dois anos ou mais.

Sempre é bom reforçar que o leite materno é o alimento mais completo, seguro e natural para todos os bebês.

Ele traz uma combinação única de nutrientes. Proteínas, lipídeos, carboidratos, vitaminas, sais minerais e anticorpos nas quantidades ideais.

Sem contar que é gratuito e oferecido na temperatura adequada. Assim, benefícios nutricionais, imunológicos, emocionais e econômicos atestam a superioridade do alimento.

Tratando especialmente dos benefícios imunológicos, os estudos apontam que as doenças alérgicas são menos prevalentes em crianças amamentadas ao seio.

Os componentes imunológicos do leite materno protegem contra doenças infecciosas, alérgicas e inflamatórias.

Mas os benefícios da amamentação também se estendem às mães. O oferecimento precoce do seio faz com que haja redução do sangramento pós-parto e a volta do tamanho e volume do útero, oferece prevenção a diversas doenças, além de aumentar o vínculo emocional com o bebê.

Claro que em muitas situações há a impossibilidade do aleitamento materno, seja por questões de saúde, anatômicas ou de controle emocional da mãe.

De qualquer forma, é importante lembrar que a lactação é um processo natural, normal, fisiológico e instintivo da mãe e do bebê.

O sucesso é alcançado facilmente com conhecimento e suporte emocional. Nesse contexto, reforço a importância do estímulo de todos os profissionais de saúde à amamentação. Médicos, enfermeiros e nutricionistas devem encorajar a mãe na prática da amamentação.

As informações corretas devem ser atribuídas logo no pré-natal. Na dificuldade, um profissional experiente e especializado deve ser consultado.

A grande diferença entre o aleitamento materno e o aleitamento artificial adequado diz respeito à disponibilidade de alguns nutrientes importantes, como maiores concentrações de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa no leite materno.

Na impossibilidade da amamentação, reforço a importância de se consultar um profissional habilitado para se discutir as estratégias mais adequadas.

A promoção e o estímulo ao aleitamento materno por toda sociedade é fundamental para se determinar um futuro mais saudável para as crianças.

O início precoce das mamadas, dentro da primeira hora após o parto, aumenta a duração da lactação e os benefícios da amamentação exclusiva.

Se você está grávida, amamentando ou conhece alguém nessa etapa, seja pessoal ou profissionalmente, apoie e incentive a amamentação.

Só assim, com apoio, informação e assumindo a responsabilidade, conseguiremos garantir que os benefícios da amamentação sejam experimentados por todas as crianças.

Isso é fundamental para uma vida com mais qualidade e um futuro melhor e promissor para toda sociedade.

Por Fabiana Jarussi

Crédito da foto: Mãe Suyane Matos


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