O Sarampo é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus chamado Mobiilivirus. A enfermidade é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países subdesenvolvidos, no caso do Brasil a doença estava erradicada, no entanto, no momento está reaparecendo.
Seus sintomas incluem febre e manchas no corpo, e o tratamento é feito para atenuar os sintomas, sendo assim, o melhor é a vacinar.
A vacinação é importante, é gratuita e obrigatória. Vacinar não é uma questão individual! É uma questão coletiva!
Por exemplo, se uma família opta por ser vegana ou tradicional, fazer cama compartilhada ou não, etc. é uma questão individual que diz respeito aquele núcleo familiar! Vacinar não!
Atinge toda a nação! Ou se cria uma comunidade individual para quem vacina e quem não vacina (o que é impossível) ou se toma medida da exclusão da guarda, autorizada pelo Ministério Publico (MP). Uma vez que o direito a vacinação é garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Além do MP, a Sociedade Brasileira de Pediatria também se manifestou sobre o assunto.
Segue a nota da Sociedade Brasileira de Pediatria:
NOTA AOS BRASILEIROS
É preciso juntar forças contra a mortalidade infantil
É extremamente grave e preocupante o anúncio feito pelo Ministério da Saúde de aumento na taxa de mortalidade infantil no Brasil, o que interrompe um ciclo de queda contínua desse indicador que já durava 26 anos. Na avaliação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a epidemia de zika vírus e os efeitos da crise econômica no País sobre a população não podem ser considerados como os únicos responsáveis pela alta desse indicador.
Para tanto, devem ser empreendidos esforços das autoridades sanitária, para entender as causas reais dessa tendência e adotar ações estratégicas para revertê-la.
A SBP tem continuamente alertado o Governo e os gestores dos Sistema Único de Saúde (SUS) acerca dos inúmeros problemas que, certamente, podem ter influenciado o aumento desse número.
Dentre eles, se destacam a falta de recursos e de infraestrutura para funcionamento da rede pública de assistência; a desvalorização dos profissionais que prestam cuidados (médicos e demais membros das equipes); o desmonte das equipes especializadas no atendimento de crianças, sobretudo nas salas de parto e nos primeiros anos de vida; e a dificuldade de acesso dos pacientes aos serviços de saúde (consultas, exames, internações e cirurgias).
Na avaliação de futuros cenários, também não se pode ignorar fatores como a baixa cobertura vacinal e o risco do aumento da incidência de doenças infectocontagiosas (sarampo, meningite, tuberculose, sífilis congênita, dentre outros).
O País está diante de um quadro multifatorial, que atinge a parcela mais frágil e vulnerável das famílias, cuja superação depende de um esforço conjunto de Governo, médicos, profissionais da saúde, organizações da sociedade organizada e cidadãos.
Como contribuição para o debate que deve ser imediatamente inaugurado, a SBP prepara um documento com propostas a serem implementadas pelo Governo – atuais e futuros.
O texto, que será entregue às autoridades federais e aos candidatos as Eleições Gerais de 2018, aponta, entre outros pontos, a necessidade urgente de que toda criança e sua família conte com o suporte de um pediatra no pré-natal, na sala de parto e no acompanhamento que se estende do nascimento ao fim da adolescência.
Entende-se que o cumprimento dos pontos inseridos nesta pauta é indispensável ao País para que a construção de uma Nação mais justa, ética e saudável, com pleno atendimento das necessidades das futuras gerações a partir de agora.
Rio de Janeiro (RJ), 16 de julho de 2018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Sendo assim, reiteramos que a facilidade da disseminação de falsas notícias através de redes sociais e a falta de punição aos responsáveis pelas mesmas, faz com que a sociedade seja prejudicada como um todo quando uma criança é privada de um cuidado fundamental como a vacinação. Pessoas que não buscam fontes confiáveis não podem trazer doenças graves e já erradicadas em nosso país e que estão causando prejuízos e mortes.
Por Luciana Nabuth
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