O que realmente nos move no nosso caminho na paternidade/maternidade?
Qual é esse lugar onde desejamos chegar ou desejamos que nossos filhos cheguem?
Gerações e gerações construindo um mundo.
Para onde olhavam os nossos antepassados enquanto criavam as crianças e adolescentes que fomos um dia?
De acordo com essa direção fomos sendo constituídos.
Hoje, somos nós, os pais e mães com a incumbência de criar e educar crianças e adolescentes.
Qual o nosso alvo?
Para a maioria absoluta dos pais e mães, o desejo é ver os filhos felizes e realizados.
Mas qual é o mapa, o roteiro a seguir?
Pois é! Não tem!
Cada família, de alguma forma tem o seu.
E hoje quero conversar com vocês sobre 3 possíveis alvos.
O TER,
O FAZER,
O SER.
Vamos lá!
– O TER
Criar filhos focando no TER é dar a vida e toda a sua energia para a conquista e valorização para toda a sorte de bens materiais.
É optar por estar mais no trabalho porque é isso que traz o dinheiro pra casa, que “bota comida na mesa” e que garante o conforto da família.
O dinheiro é um fim.
Os olhos e o coração estão voltados para ele.
E de formas até bastante sutis seguimos acreditando e ensinando nossos filhos a acreditar que só temos valor quando TEMOS “algo” ou “alguém.”
Experimente imaginar a sua vida sem a metade das coisas que você tem…
Como você se sente?
Continue lendo se você acha que dá para viver bem sim, se acha que certas coisas são sim importantes e quer viver sem ter que fazer um voto de pobreza.
– O FAZER
Quando o nosso alvo é o TER (dinheiro, bens materiais, mais do mesmo e até a tal da liberdade financeira) é muito fácil que sejamos engolidos pela ansiedade e pelo senso do FAZER!
Para TER algo, preciso FAZER algo.
Passamos a acreditar que nós temos o controle de todas as coisas se fizermos mais e assim, poderemos TER e até SER mais.
Nunca está bom o suficiente. Sempre falta alguma coisa.
A vida acelera.
Às vezes entra no piloto automático de um FAZER desenfreado.
Não dá tempo de sentir…
E vamos vivendo (ou melhor, sobrevivendo) assim.
Esse é o modelo que somos para nossos filhos. E muito rápido essa aceleração e esse automatismo chegam a até a vida deles também. E aí é o início do caos.
Conflitos, dificuldades, problemas de relacionamento, sintomas – tudo isso surge para nos mostrar que algo não vai bem.
Que algo essencial está ficando para trás.
Temos tudo e não temos nada.
É o início e o resultado da desconexão consigo mesmo que tanto atrapalha a conexão com o outro.
– O SER
O SER é essa parte de você, que nasceu com você, que é quem você, verdadeiramente, é. Mas que foi sendo deixado para trás porque nos ensinaram um outro caminho “ mais seguro”. Nos ensinaram que para SER é preciso primeiro FAZER para TER e só depois, se der tempo, SER!
SER quem verdadeiramente somos.
SER o que viemos ser aqui nessa existência.
Experimentar a plenitude!
Maaasss… nem sempre é assim.
A dor que você sente em si ou nos conflitos nos seus relacionamentos pode ser o seu SER querendo sair, se expressar.
Pode ser o SER das nossas crianças e adolescentes querendo ser ouvido, respeitado, expressado.
O movimento da Parentalidade Consciente no traz exatamente essa mensagem.
É um lembrete para aquilo que é essencial mas nós, humaninhos, fomos esquecendo ao longo do caminho.
É tempo de acordar!
E não basta acordar, é preciso DESPERTAR!
Quando vamos dando conta desse automatismo, acordamos e reaprendemos a ouvir o nosso SER, nosso coração, nossa essência.
Ser um pai e uma mãe mais consciente é estar disposto e aberto a ver o que precisa ser visto e a fazer o que precisa ser feito.
Aprender, crescer, evoluir como pessoa. Desconstruindo os padrões de inconsciência recebidos de geração a geração e que tanto nos trazem sofrimento.
É a coragem de encarar essa desconstrução tão necessária para que uma nova forma de se ver, se sentir e de interagir com as pessoas e com o mundo possa surgir, possa ser construída.
“Você aceita o seu filho na mesma medida que aceita a si mesmo.” – Shefali Tsabary
Parentalidade Consciente é nos dar a permissão e olhar para o nosso ser. Corajosamente encarar o nosso processo de autoconhecimento.
É limpar as lentes para o nosso próprio SER.
É voltar a ouvir nosso coração, nossa essência.
E só assim, a partir desse sagrado lugar, é possível ver e sentir o SER que cada um dos nossos filhos é.
E nossa tarefa como pais e mães é nutrir esse SER, dar condições para que ele cresça, evolua e desenvolva todo o seu potencial.
Somos parceiros de jornada.
Alguém que tem o seu SER nutrido, com amor, aceitação e pertencimento pode todas as coisas!
Enfrenta desafios.
Alcança objetivos.
Suporta as dificuldades.
Quem é, É!
Quem é, é sintonizado consigo mesmo, conectado com os outros e com algo maior e simplesmente, flui! E desse fluir alcança a prosperidade e a abundância.
Quem É tem um FAZER abençoado, um SERVIR que entrega amor por onde passa.
Para mim, isso é ser feliz, pleno e realizado.
É o que desejo para mim e meus filhos, para você e para os seus filhos.
Conte comigo nessa jornada e eu conto com vocês!
Vamos juntos construir um mundo de mais sintonia e conexão, um mundo e um futuro de mais amor e mais paz!
Imagem: Fotografa Keylla Gomes
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