Meu filho não quer comer. O que fazer?

Alimentar os filhos é um instinto dos pais e acaba sendo muito desesperador quando, pela percepção deles, a criança não come direito, não come o suficiente. Mas será que não é o suficiente mesmo?

É importante deixar claro que quem decide a quantidade a ser consumida é a criança, os pais devem se preocupar apenas em preparar e oferecer uma alimentação saudável. Isso porque todos nascem com um mecanismo que controla a quantidade de comida que o corpo precisa que seja consumida. Mas quando se come, sem pensar, uma quantidade maior do que é necessário, o organismo pode perde esse controle interno.

Então, neste caso, garanta que seu filho esteja comendo todos os nutrientes necessários, e que eles estejam sendo oferecidos a partir de alimentos naturais. Ou seja, fique de olho na qualidade dos alimentos oferecidos e não na quantidade.

Mas, e quando meu filho não ingere uma grande variedade de alimentos naturais, ou sempre os rejeita e acaba consumido muitos alimentos industrializados. O que fazer?

Neste caso é importante nunca forçar seu filho a limpar o prato ou a comer todas as opções presentes da mesa, e evitar chantagens como oferecimento de doces após a refeição. Tais atitudes ajudam a criar uma relação negativa com a comida e a criança passa a valorizar mais o doce e considerar o alimento saudável como ruim.

Outro ponto relevante é que o mesmo alimento deve ser apresentado à criança pelo menos de 12 a 15 vezes, mesmo quando houver recusas. O uso de preparações diferentes para o mesmo alimento é imprescindível para aumentar a possibilidade de aceite.

Os pais também devem envolver a criança no processo de preparo da refeição. Elas podem ajudar desde a escolha dos alimentos no supermercado até no momento de servi-los a mesa. Isso costuma deixá-los mais à vontade para consumi-los. Além disso, não deixem de variar o que é oferecido nas refeições, pois a monotonia alimentar não desperta interesse e pode levar a recusa.

Ainda é considerável oferecer os alimentos apenas nos horários da refeição, evite os “beliscos” entre elas e garanta que eles sejam saudáveis e estejam sempre disponíveis para a criança. Mesmo que ela não consuma os legumes e verduras deixe-os à vista, com o tempo ela pode ter curiosidade sobre eles.

E ao preparar aquele determinado alimento que seu filho não gosta, use ingredientes que ele goste, como molhos ou temperos que ele já consome, para que sua atenção seja atraída. Fazer isso aumenta as chances de sucesso no consumo de variedade de alimentos.

Também fique atento ao ambiente que seu filho realiza as refeições, é importante que ele seja calmo, sem o uso da televisão ou celulares e tablets, e principalmente que a família esteja reunida e consumindo alimentos saudáveis para que ele aprenda com o exemplo. Não adianta pedir para seu filho comer cenoura se você está comendo batata frita, para ele o desprezo que você dá ao alimento significa que ele é ruim.

Por fim, seja firme com seu filho, mas sem grosseria, pois o momento da refeição deve ser prazeroso e não angustiante. E se não quiser que seu filho consuma doces e salgadinhos simplesmente não os compre. Seja o exemplo e modifique os hábitos não saudáveis da sua família.

 

Por Angélica Ribeiro

Imagem: Fotografa Keyla Gomes

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