FALAR OU NÃO DO FALECIMENTO DOS PAIS?

Falar ou não? Vem descobrir e refleti a história fictícia do menino Bento.

Devido um acidente de carro, Bento, 04 anos, acabou de perder os seus pais e sem saber relatou “Mamãe e papai está do meu lado”.

A tia assustada perguntou: O que Bento? Brincando, repetiu a frase: “Mamãe e Papei estão ao meu lado”

Durante os preparativos para o velório do casal, todos sem saber se contava ou não para a criança o que havia acontecido com seus pais. Bento, vendo toda a movimentação em casa, vários cochichos… A questão é, falar ou não?

Após, várias conversas ficou decidido que não iria contar e muito menos leva-lo para despedir dos pais.

A História do Bento é fictícia, porém acontece com muitas crianças, não só na perda relacionado à morte, mas também a perda de uma separação sem explicação e até perda de um dos pais que vai embora sem se quer despedir dos seus filhos.

Se pensar na realidade, inconscientemente, Bento já sabia do acontecido, mas precisa saber no seu consciente e assim poder despedir dos seus pais da forma que ele conseguir.

Quantas crianças que perdem um dos pais ou ambos e não ficam sabendo de nada no momento, apenas depois. Os parentes ainda fazem a pergunta: Falar ou não?

Levando em conta o bem estar emocional da criança, este ato não é recomendado. O ideal é falar e assim a criança poder escolher o que ela deseja fazer, despedir, indo  ou não no velório para ver o pai ou mãe.

A criança precisa passar pelo processo de despedida, caso isto não acontece o emocional fica sempre abalado podendo causar traumas, levando a transtorno graves.

Como falar?

Cada familiar conhece o seu filho, independente da fase do seu desenvolvimento, cada criança age de forma diferente. Por isto, o recomendado é falar na linguagem adequada para a sua idade.

Se ela tem 02 anos, explicar de forma lúdica o que aconteceu. Sabe-se que temos referência das idades, porém, criança com 04 anos pode está emocionalmente com dois anos, ou seja, é preciso avaliar o estado emocional, contudo, não é recomendado privá-lo do ritual de despedida.

Seja qual for à perda do seu filho ou do seu neto, do seu afilhado ele precisa saber do que esta acontecendo.

Fique a alerta ao estado emocional da sua criança. Caso você tem uma criança que não conseguiu realizar o ritual de despedida e esta sofrendo emocionalmente, procure ajuda de um psicólogo que ele irá te auxiliar.

Por Eanes Moreira

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