E quando a criança quer ser adulta…

Não é difícil vermos crianças em shoppings, supermercados e em vários estabelecimentos vestidas parecidas com seus pais, com roupas mais sérias e com aspecto maduro, sem muitas cores, uma postura adulta dentro de uma mente infantil. Mas isso é bom?

O ser humano necessita passar por diversos processos maturacionais em sua vida para evoluir por completo e entender cada um deles, e os pais precisam compreender a importância de cada uma dessas etapas no desenvolvimento intrapessoal.  A criança até certa idade necessita do auxílio dos pais para limitar as roupas, seja pelas condições climáticas ou/e pela sua segurança. Após alguns anos, ela conseguirá ter discernimento para escolher entre um vestido e uma calça, entre um moletom e uma saia, contanto que houve o auxilio dos pais em dizer como funcionavam tais opções.

A conduta infantil inicialmente mostra-se mais egoísta, onde ela percebe que precisa do outro para conseguir o que quer, e então, a aparição após algum tempo do “não”, impondo seus limites, e assim, o poder da escolha dentro daquele contexto, de forma saudável entre as relações daquela criança.

E no meio deste caminho, nos deparamos com crianças que se vestem semelhantes aos seus pais, e assim pode-se perder inclusive a singularidade daquela personalidade, pois se aqueles pais dão a importância para roupas de uma forma demasiada, a criança acabará percebendo que este é o padrão que deve ser levado em consideração em seu guarda-roupa, também. E assim, percebemos até mesmo na postura e modo de falar da criança pode-se mostrar diferente.

Por isso a importância da singularidade e ao mesmo tempo até onde o controle e limite destes cuidadores devem ir, um equilíbrio entre os dois, para que assim a criança dê o valor saudável para as roupas que estão vestidas, que não se preocupe em sujá-las para abaixar e se esconder atrás de uma parede numa brincadeira de esconde-esconde ou não correr, pois amassará sua roupa. A possibilidade do brincar pleno poderá proporcionar uma consciência do seu esquema corporal e desenvolvimento de si.

 

Por Silvana Bernardo

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Imagem: Google

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