Meu corpo estranho?

A psicomotricidade na infância

 

Na fase infantil o corpo das crianças passa por diversas modificações. O estranhamento ocorre tanto para os responsáveis como para a própria criança. As possibilidades de explorar este corpo são testadas constantemente.

Estimular o desenvolvimento motor das crianças em consonância com a sua percepção torna-se imprescindível.

O desenvolvimento da psicomotricidade se faz necessário na infância, pois através dela que se pode trabalhar tanto com os aspectos que antecedem a aquisição da linguagem escrita e da leitura como com aqueles que serão a base do raciocínio lógico.

Estes aspectos são: coordenação dinâmica global, equilíbrio, coordenação viso-motora, coordenação manual, tonicidade, imagem e esquema corporal, estruturação espacial e temporal, lateralidade e ritmo.

Muitas vezes, tanto no contexto escolar como familiar, percebe-se que a psicomotricidade deixa de ser uma prioridade.

Através da psicomotricidade, não só preparamos a criança para a aprendizagem escolar, como também propiciamos que ela tenha contato com as suas próprias sensações corporais, ou seja, que construa uma boa imagem do seu próprio corpo e através dele se relacione com o mundo.

O corpo e o movimento estão diretamente relacionados com o desenvolvimento da aprendizagem. Assim, ao se disponibilizar bolas de diferentes tamanhos, cordas, elásticos para pular, massinha de modelar, lápis de diferentes espessuras, linha do movimento, pista sensorial, bambolês, piscina de bolinhas, colchonetes, alinhavos, jogos de encaixe, entre outros a criança começará a descobrir seu corpo.

O corpo da criança deixará de ser um estranho para ela. Disponibilizar um espelho, também é muito importante para se trabalhar o esquema corporal.

Sempre aprendemos com o nosso corpo. As gerações que foram privadas dessas atividades têm dificuldades até com as questões de lateralidade (direita e esquerda), pontos cardeais, de ler mapas, dirigir automóveis, etc.

O nome psicomotricidade pode até parecer complicado e diferente, mas com práticas que envolvam correr, pular, ficar estático, rolar pelo chão, arrastar-se, engatinhar, jogos de imitação, e outras, estaremos oportunizando o desenvolvimento e o conhecimento da criança sobre ela mesma.


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