Escolhendo a escova e pasta de dentes

A escovação dentária é com certeza a melhor estratégia preventiva para garantir a manutenção da saúde bucal. E isso vale para todos: adultos e crianças.

É através da ação mecânica da escova que removemos restos alimentares, e desorganizamos o biofilme dentário. Biofilme dentário, o que é isso? Biofilme ou placa bacteriana, como também é chamado, consiste em colônias bacterianas organizadas, que ficam agregadas a superfícies, no caso aqui os dentes. As bactérias que compõem esse biofilme dentário fazem parte da flora normal dos indivíduos, e, portanto, todos nós temos.  Porém, somente quando estão agregadas é que, mediante uma situação de desequilíbrio ecológico, podem levar a uma condição de doença: doença cárie ou doenças periodontais.

Ou seja, quando deixamos essas bactérias ficarem em alta quantidade, e organizadas, com contato com a superfície dos dentes, ao longo de certo tempo, poderemos desenvolver as referidas doenças.

E é por isso que os dentistas recomendam escovação diária, principalmente depois das refeições principais e antes de dormir.

Para que seja eficiente, uma boa escovação deve contar com escovas e pastas adequadas. Falando em linhas gerais, as escovas infantis devem ter a cabeça pequena, com cerdas macias, e cabo que propicie boa empunhara para os responsáveis e depois, no momento oportuno, para a criança.  Reparem que não citei ou recomendei marcas. Por quê? Isso se dá, pois a adaptação à escova de dente passa pelas preferências individuais dessa criança e dos seus responsáveis. Cor, cheiro, textura do cabo, caracterização da escova com personagens, entre outros. Assim, não existe escova ideal para todo mundo: aquela que deu certo para a sua criança e que está sendo efetiva na desorganização do biofilme é a ideal para ele. E pode não ser a melhor para o coleguinha ou alguém da família com a mesma idade.

Sobre as pastas, a consideração que faço inclui a ponderação sobre o flúor. O flúor é um elemento importante para a prevenção específica da doença cárie.  E Associação Brasileira de Odontopediatria e a também de Pediatria (parte médica) recomendam que a partir do primeiro dente de leite seja utilizada pasta com componentes fluoretados. Hoje se sabe através das pesquisas científicas que para esse flúor cumprir seu papel contra a doença cárie ele precisa estar numa quantidade mínima. Essa quantidade é medida em ppm (partes por milhão), e deve estar acima de 1000. Ou seja, pastas sem flúor ou com quantidades inferiores a 1000 ppm de flúor não são mais indicadas para nenhuma idade e para nenhuma criança. A grande questão aqui são as informações contidas nas embalagens das pastas destinadas às crianças. Muitos fabricantes colocam idades para as quais tal pasta seria indicada, sendo que tal indicação de faixa etária seria baseada no uso do flúor. Como vêem nem sempre a indústria acompanha aquilo que as pesquisas mostram.  Fora essa parte do flúor, aqui também vale as preferências individuais, quanto ao sabor, cheiro, textura, quantidade de espuma e assim por diante. Ou seja, de novo nada de marcas! Vale aquela com componentes fluoretados na quantidade certa e que sua criança se adapte.


 

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